segunda-feira, 31 de março de 2008

Remédios: até 15 dias de preço antigo Reajuste de 2,52% a 4,61% dos medicamentos, que entraria em vigor hoje no País, é adiado

Rio - O reajuste de até 4,61% nos preços dos remédios, previsto para chegar às farmácias hoje, foi adiado para a próxima semana. Luiz Milton Veloso, secretário-executivo da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), revelou a O DIA que adiará para 9 de abril o prazo para que os laboratórios enviem a lista com os novos preços ao consumidor. Com isso, os cadernos com os valores máximos a serem cobrados pelos medicamentos só chegarão às farmácias, e conseqüentemente aos consumidores, entre os dias 10 e 15 de abril.
“Tivemos problemas técnicos e vamos ampliar o prazo para que as empresas mandem as tabelas. São quase 22 mil preços. Também aumentamos o prazo no ano passado e no retrasado. Os cadernos de preços só devem chegar às farmácias depois do dia 10, entre os dias 10 e 15”, garantiu Veloso, por telefone, durante viagem ao Pará. Representantes dos laboratórios já previam o adiamento. Até sexta-feira, muitos não haviam enviado os novos preços para a ABC Farma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico), uma das entidades que distribuem lista de preços.
O atraso agradou aos consumidores. “Ótimo saber que o aumento não vem agora. Não tinha conseguido comprar os remédios de que preciso e ia acabar pagando mais caro. Para mim, que gasto mais de R$ 210 por mês na farmácia, faz muita diferença. Vou fazer um estoque dos remédios que não têm receita presa (que fica na farmácia) para evitar pagar mais”, diz a pensionista Estelita Barcelos, 65 anos.
Este mês, a CMED autorizou os laboratórios e as farmácias a aumentar o preço dos medicamentos em 4,61%, 3,56% e 2,52%, de acordo com o nível de participação dos genéricos em cada segmento. Na primeira faixa, onde os genéricos abocanham 20% ou mais do mercado, o índice autorizado foi de 4,61%. No nível intermediário, a participação dos genéricos fica entre 15% e 20% e o reajuste máximo será de 3,56%. Na última faixa, o reajuste será de 2,52%.
Se fabricantes e drogarias aplicarem os índices permitidos, o reajuste médio dos mais de 20 mil medicamentos disponíveis atualmente no mercado deverá ficar em 3,18%. Os novos índices não são aplicáveis aos medicamentos fitoterápicos — feitos a partir de plantas — e homeopáticos.
Varejo estoca para manter promoçõesAs farmácias do Rio estão fazendo estoque de medicamentos para poder oferecer preços menores aos clientes mesmo depois do reajuste dos laboratórios. Cleandro Pires, farmacêutico-chefe da drogaria Max da Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio, revela que a rede já está comprando mais remédios do que costuma vender para poder beneficiar os consumidores. “O objetivo é manter os preços antigos em até um mês. Mas os preços vão aumentar”. Para ele, quem costuma gastar muito com remédios deve comprar o que puder agora. “Algumas farmácias parcelam o valor da compra sem juros, facilitando a compra de mais produtos. Quem puder comprar fará uma boa economia”, aconselha. A Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) não acredita que o reajuste chegue a 3,18%, como prevê a agência de saúde. Em 2007, informa em nota, os medicamentos aumentaram em média 0,54%, quando as correções autorizados poderiam resultar em reajuste médio de 1,5%. Consumidores que constatarem aumentos maiores do que os permitidos devem procurar a Vigilância Sanitária do município em que moram para denunciar. No Rio, o telefone é o 2503-2280. A reclamação gera um processo e, com o número fornecido ao reclamante, é possível acompanhar o andamento pelo mesmo telefone. Outra possibilidade é denunciar o descumprimento à Anvisa, que passará a reclamação à Vigilância Sanitária local. O número da agência é 0800-2816070. As multas, nas situações em que ficarem comprovadas infrações aos dispositivos legais, podem variar entre R$ 212 e R$ 3,2 milhões.
Aumento mínimo para 14 mil remédios
Mais da metade dos remédios deverão ser reajustados pelo índice mínimo autorizado pela Anvisa, de 2,52%. Quase 14 mil remédios estão nessa faixa. Outros 8 mil poderão subir 4,61% e pouco mais de 2 mil terão os preços aumentados em 3,56%.Na faixa 1, estão por exemplo, antiinflamatórios respiratórios não-esteroidais, como o Cataflan, agentes sistêmicos para infecções fúngicas, como o Sporanox, anorexígenos moderadores de hábitos alimentares lipofílicos, (Inibex S), bloqueadores dos canais de cálcio (Adalat), antidepressivo e estabilizadores de humor (Fluxeni), antidiabéticos orais (Glifage), antifúngicos ginecológicos (Cartrax), anti-hipertensivos puros (Preffat), anti-reumáticos não-esteroidais (Movatec), anti-ulcerosos (Antac), antivirais (Zovirax), corticóides tópicos puros (Berlison), expectorantes (Fluimucil), penicilinas de amplo espectro (Amoxil) e tranqüilizantes (Lexotan). No nível 2, encontram-se anti-helmínticos como Zolden e Zentel, anti-histaminicos (polaramine), antibióticos tópicos (Nebacetin), antifúngicos tópicos (Tralen), antigotosos (Zyloric), diuréticos (Lazics) e remédios para colesterol e triglicerídeos. No terceiro nível estão medicamentos como anticoncepcionais, remédios para impotência sexual e analgésicos. (O Dia)

Operação interdita fábrica ilegal de cosméticos

Uma operação conjunta entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Polícia Federal e a Vigilância Sanitária de Curitiba (PR) fechou uma fábrica clandestina de cosméticos, nessa sexta-feira (28), na capital paranaense.
De acordo com o chefe da Assessoria de Segurança Institucional da Anvisa, Adilson Bezerra, a ação foi desencadeada após uma denúncia relacionada à produção e comércio irregular de cosméticos. “Os produtos fabricados utilizavam as marcas Pro-Care e Sul Wipes. Nenhuma delas possui registro na Anvisa, o que torna a fabricação e a comercialização irregulares”, ressalta.
O volume da apreensão ainda não foi calculado. Mas Bezerra prevê que a quantidade total deverá ser bastante significativa. “Somente um dos produtos apreendidos representa mais de 22 mil unidades”, revela.
Segundo Adilson Bezerra, o proprietário da fábrica foi intimado pela Polícia Federal e prestará esclarecimentos sobre o caso nos próximos dias.
Infração
A produção e comercialização de cosméticos sem registro na Anvisa é considerada infração sanitária. Além da interdição, os fabricantes e distribuidores em situação irregular poderão ser penalizados com multa que varia entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, definida conforme a avaliação da gravidade do fato e possíveis antecedentes ou irregularidades sanitárias.
O consumidor que estiver em dúvida em relação à regularidade do cosmético deverá acessar o site da Anvisa e selecionar a opção “Área de Atuação - Cosméticos”. Este banco de dados possibilita a consulta de informações sobre Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

sexta-feira, 28 de março de 2008

Medicamentos falsificados na Ásia chegam ao Brasil

O Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária dá o alerta: são estimulantes sexuais, como Viagra, Levitra e Cialis, remédios para celulite, queda de cabelo, emagrecimento e analgésicos, produtos usados para o tratamento de câncer, todos sem eficácia para a saúde. Aumentou em quantidades ainda não mensuráveis a entrada desses produtos através das fronteiras entre o Brasil, Paraguai e Uruguai, sem controle por parte das autoridades policiais e alfandegárias. Rui Dammenhain, presidente do Inbravisa, recomenda: verificar a existência nas embalagens de um símbolo, revestido com material metalizado (tipo raspadinha), que, ao ser raspado, expõe a palavra qualidade e a logomarca do fabricante; se a embalagem possui lacre; comprar apenas em farmácias e drogarias, de preferência estabelecimentos já conhecidas; cuidado com promoções e liquidações, pois preços muito baixos podem indicar que o produto tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade ou até mesmo ser roubado; exigir a nota fiscal e de preferência guardar o documento dentro da embalagem do produto; observar sempre a data de validade do medicamento, rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada. Fonte: Bahia Negócios.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Testes de paternidade chegam às farmácias americanas

WASHINGTON (AFP) - Testes de DNA que permitem verificar a paternidade foram disponibilizados nesta quarta-feira nas farmácias americanas.
O Identigene, um laboratório americano, pôs à venda por 30 dólares em 4.363 farmácias o "Rite Aid" - um exame de paternidade, através da saliva, que é depois enviada por correio para ser analisada, a um custo adicional de 119 dólares.
Os resultados são devolvidos nos cinco dias seguintes, por carta, correio eletrônico ou site na internet.
A empresa já testou a venda com êxito destes testes na costa oeste dos Estados Unidos durante três meses.
"A demanda foi muito forte, as vendas foram consideradas significativas e o Identigene foi inundado por pedidos de informação de pessoas que queriam encontrar" o kit, informou a empresa em comunicado.
Entre os compradores há muitas mulheres que querem se assegurar da paternidade de uma criança, assim como crianças ou adultos que querem encontrar seus pais.
Os resultados destes testes vendidos sem receita médica não são, de qualquer forma, admitidos nos tribunais em caso de ações judiciais, quando são exigidas provas mais precisas e mais caras.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Agência suspende lotes de medicamentos para hipertensão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, em todo país, o lote nº 2399 do medicamento Captomed (Captopril), 25mg, comprimidos, fabricado pela empresa Cimed Indústria de Medicamentos (RE 697), de Pouso Alegre (MG).
O medicamento, indicado para tratamento de hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética, apresentou resultado insatisfatório em relação ao teor do princípio ativo.
Também foram suspensos dois lotes de outro anti-hipertensivo, o Medpress (metildopa) 500mg, fabricado pela empresa Medquímica Indústria Farmacêutica (RE 782), de Juiz de Fora (MG). Os lotes 09746S e 09736S apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de descrição de amostra e aspecto.
A Agência interditou, por 90 dias, o lote 0338/07 do antibiótico Eritram (Estearato de Eritromicina), produzido pela Hipolabor Farmacêutica (RE 742), de Sabará (MG). O lote apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto, o que pode comprometer a concentração final do medicamento.
Já o lote 51507 da Solução Fisiológica de Ringer com Lactato de Sódio também foi interditado por apresentar material estranho visível a olho nu. Além disso, o rótulo estava em desconformidade com as exigências da Anvisa. O produto, um reidratante parenteral, é produzido pelo Laboratório Sanabiol (RE 740), também de Sabará (MG).
A Anvisa suspendeu ainda a fabricação, distribuição, comércio e uso de todos os produtos sob vigilância sanitária fabricados pela empresa Limpex Indústria e Comércio (RE 782), de Sabinópolis (MG). Os produtos não possuem registro e a empresa não tem autorização de funcionamento. Fonte: Anvisa

Repelentes estão em falta nas farmácias. Cariocas fazem peregrinação atrás do produto para se proteger da dengue

Rio - O medo de contrair o vírus da dengue fez crescer a procura por repelentes de insetos em farmácias do Rio. No Centro e nas zonas Sul, Norte e Oeste, cariocas têm tido dificuldade para comprar o produto, recomendado para evitar a picada do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti. Ontem, frascos de repelentes já não eram mais encontrados nas prateleiras das principais farmácias da cidade.
A escassez preocupa o consultor de vendas Leandro Monteiro, 31 anos. À tarde, ele procurou repelente em mais de dez farmácias de Copacabana, mas voltou para casa com as mãos vazias. “Estou andando na Nossa Senhora de Copacabana há horas, mas só tenho a informação de que o produto esgotou. Meu filho de 5 anos nunca teve dengue. Estou preocupado com a saúde dele. Por isso quero prevenir a doença”, contou Leandro, que mora em Santa Tereza.
O presidente da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Caspary Marins, admite que as farmácias não estavam preparadas para dar conta do aumento da procura por repelentes. “Os reabastecimentos dos estoques serão feitos, mas isso leva tempo. As farmácias não estavam preparadas para enfrentar os problemas causados pela epidemia. A reposição do produto já está sendo feita”, garante Luiz Carlos.
O desespero é tanto, que há quem tente fazer encomendas. “O dia inteiro aparece gente procurando repelente. Tem quem quer até encomendar. Infelizmente não podemos ajudar, pois não há nem no estoque geral da rede, e nem há previsão de quando o produto será reposto”, contou Valcyr Suzano de Almeida, gerente da Droga Raia do Leblon.
Já na City Farma, na Rua Haddock Lobo, Tijuca, funcionários colocaram na frente da loja aviso por escrito sobre a falta de repelente. Lá, o produto está esgotado desde sexta-feira. Só na manhã de ontem, mais de 20 pessoas já haviam procurado o produto na farmácia.
Consumidor leva o que encontra
Com medo da epidemia de dengue, quem tem a sorte de encontrar repelentes nas prateleiras das farmácias leva para casa mais de um frasco do produto. “Os consumidores não querem saber qual é a marca e o tipo de repelente. Não importa se é spray ou loção. Eles compram o que tem. Levam mais de um. Teve um senhor que comprou cinco frascos”, revela Meirelle Savignon, gerente da Drogaria Pacheco da Rua Sete de Setembro, no Centro do Rio.
A atitude desesperadora é a mesma observada por funcionários da Drogaria Marco 11, na Rua Felipe Cardoso, no Centro de Santa Cruz. “Ontem (segunda-feira), um homem levou seis frascos. O produto chega e acaba rápido. Tenho vontade de ir para porta com uma placa, avisando que acabou o repelente. É muita gente procurando”, contou Sulamita da Silva Brás, 32.A procura também é grande na Drogaria Raia, na Rua da Assembléia, no Centro do Rio. Em menos de quatro horas 20 frascos de repelentes foram vendidos na manhã de ontem. “Todo dia tem reposição do produto, mas acaba muito rápido. Já aumentaram a quantidade de entrega, mas não dá vazão”, contou a gerente Paula Cristina do Nascimento.
RECAÍDA PERIGOSA, COMO PASSAR REPELENTE E OUTRAS DICAS
Pesquisadores da Fiocruz fizeram alerta ontem. Segundo eles, a epidemia de dengue no Rio é a “mais séria” já enfrentada pelo Estado. “Não pelo número de mortes, mas porque é um marcador do que ainda pode vir”, explica o epidemiologista Paulo Sabroza. Os especialistas disseram que já era esperado que o tipo 2 do vírus atacasse o Rio, atingindo principalmente crianças, por estar longe do estado há cerca de cinco anos. “O vírus encontrou crianças e jovens que não tinham anticorpos”, explica Hermann Schatzmayer.
Entre considerações sobre o despreparo da rede de saúde e sobre a baixa cobertura do Programa de Saúde da Família, os pesquisadores esclareceram dúvidas comuns entre a população e deram dicas sobre a doença.RECAÍDASDe acordo com a infectologista Patrícia Brasil, é importante que pacientes e pais de crianças infectadas fiquem atentos aos primeiros dias depois que a febre acabe, o que geralmente acontece por volta do 3º ao 5º dia da infecção. É imprescindível que se continue o acompanhamento médico. “Sintomas como tonteira, agitação, sonolência, falta de ar, dor na barriga e sangramentos, mesmo na dengue clássica, podem voltar”, explica. DIAGNÓSTICOMédicos e pacientes devem ficar atentos não só à contagem de hematócritos e de plaquetas, mas também ao conjunto de sintomas.REPELENTEO repelente pode, de fato, proteger contra a dengue, mas se aplicado de forma correta e respeitando os prazos corretos de reaplicação. Basta uma área no seu braço, por exemplo, sem repelente, mesmo perto de uma protegida, para o mosquito conseguir dar a picada. VACINAUma equipe da Biomanguinhos estuda uma imunização. O objetivo é conseguir vacina que proteja contra os quatro tipos da dengue. A solução, no entanto, ainda vai demorar: o resultado deve levar ainda de 5 a 10 anos.
MEIA BRANCAO mosquito da dengue é atraído por movimento, ácido lático (suor e “chulé”), escuridão e até objetos mais escuros. Meias brancas nos pés são boas para mantê-lo afastado. Fonte: O Dia

terça-feira, 25 de março de 2008

MPEs têm até 30/06 para entregar Declaração Anual

As empresas enquadradas no Supersimples terão mais um mês para entregar a Declaração Anual Simplificada, graças à decisão da Receita Federal de prorrogar para 30 de junho a data limite para envio das informações referentes ao segundo semestre de 2007, quando o regime simplificado de tributação entrou em vigor, informou o site InfoMoney.
De acordo com informações da Agência Brasil, a entrega das declarações começaria em 1º de abril e iria até 31 de maio. O novo prazo vai de 1º de maio até o final de junho.
Para o Comitê Gestor do Simples Nacional, a alteração no prazo foi necessária uma vez que o programa de computador que permitirá a prestação de contas somente estará pronto ao final de abril. A entrega das declarações será feita exclusivamente pela internet.
Apesar da mudança, para os próximos anos valerá o prazo previsto na lei que criou o Supersimples: entre 1º de fevereiro e 31 de março as empresas serão obrigadas a declarar os fatos geradores de impostos relativos ao exercício fiscal anterior.
A Receita Federal também permitiu a assinatura de convênios para que estados e municípios possam receber parte da dívida ativa das empresas. Com a medida, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, responsável pela cobrança dos tributos atrasados das empresas que aderiram ao Supersimples, poderá repassar a parcela da dívida correspondente aos governos estaduais e às prefeituras. Fonte: PEGN

segunda-feira, 24 de março de 2008

Como não sofrer com remédio caro

A uma semana de um novo reajuste nos preços dos medicamentos — de até 4,61% —, os remédios genéricos, similares e as farmácias populares são boas alternativas para diminuir os gastos. A diferença de preços entre os chamados medicamentos de marca e os genéricos ultrapassa 100% em alguns casos, como mostra o infográfico abaixo. Já a economia ao comprar nas farmácias populares da União chega a 90%. Nas do governo do estado, qualquer remédio sai a R$ 1.
Os genéricos são idênticos aos remédios ‘de marca’ ou de referência e, no mínimo, 35% mais baratos. Antes de chegarem aos consumidores, passam por testes que garantem os mesmos efeitos. “Os genéricos são cópias fiéis dos medicamentos de referência e são, em média, 50% mais baratos”, garante Dirceu Barbano, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. Segundo dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já existem hoje 2.346 registros de genéricos e 75 laboratórios produtores.
Barbano destaca também os similares como forma de economizar em remédios: “Para serem autorizados pela Anvisa e estarem sendo comercializados, precisam ter qualidade. A maior parte dos similares não foi classificada como genérico porque os laboratórios querem manter a marca, mas são idênticos”. Até 2014, lembra ele, todos terão que passar pelos mesmos testes a que os genéricos são submetidos para serem vendidos.
As farmácias populares também são boas opções para quem quer fugir dos altos preços dos medicamentos. O governo do estado tem 19 unidades, com 48 medicamentos vendidos a R$ 1 para pessoas com 60 anos ou mais. O programa estadual já atendeu 250 mil pessoas, que, juntas, economizaram R$ 100 milhões. Endereços no site www.ivb.rj.gov.br/principal.asp.
A União tem outras 35 unidades próprias no Estado do Rio e disponibiliza 107 remédios subsidiados a qualquer pessoa que tiver receita médica. Outro programa que tem feito sucesso é a parceria com a rede privada, que, desde 2006, já beneficiou 1 milhão de pessoas em todo o Brasil com remédios subsidiados pelo governo. As que fazem parte da parceria são identificadas com a frase “Aqui tem Farmácia Popular”. É preciso apresentar a receita e o CPF.
O programa dá a Eduardo Rodrigues, 44 anos, a possibilidade de economizar dinheiro e sola de sapato: “Antes, pesquisava preço em três ou quatro estabelecimentos para ganhar um descontinho. Hoje, só compro na farmácia popular”. (O Dia)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Cresce em 20,1% a venda de genéricos

As vendas de genéricos somaram 233 milhões de unidades e cresceram 20,1% em 2007, na comparação com o ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), levando em conta os dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico.A participação de genéricos no mercado avançou de 14,2% em 2006 para 15,8% no ano passado. Segundo Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos, a meta dos fabricantes é chegar a 2009 com 20% do mercado brasileiro de medicamentos. “A experiência dos genéricos em outros países, sobretudo nos EUA e Europa, demonstra que essa categoria de medicamentos tem fôlego para crescer no Brasil”, afirma Finotti. O expressivo avanço do mercado de medicamentos genéricos, diz ele, se dá por várias razões, entre elas o crescimento da massa salarial e do rendimento médio das famílias.“Com mais recursos disponíveis, o mercado cresce”, observa. Outro fator apontado pelo executivo é o aumento da confiança por parte de médicos e consumidores na qualidade desses produtos, que custam, em média, 45% a menos que os medicamentos de referência. Para este ano, a entidade projeta que o desempenho dos genéricos seja favorecido com a entrada de novos produtos, como os anticoncepcionais. “Nossa participação de mercado sofre impacto direto do lançamento de produtos", explica Finotti. A Pró Genéricos projeta crescimento de 20% ao longo do ano.Os genéricos são cópias de medicamentos inovadores cujas patentes já expiraram. No Brasil, a regulamentação desse tipo de medicamento foi feita em 1999, com a Lei 9.787. Os genéricos só podem chegar ao consumidor depois de passar por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência. Estes últimos são feitos em seres humanos.Fonte: Estado de Minas

quarta-feira, 19 de março de 2008

Agência suspende produtos sem registro de oito empresas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição, comércio e uso de produtos fabricados por oito empresas de todo país, por não possuírem registro.
Entre os produtos suspensos estão todos sob vigilância sanitária fabricados pela empresa Pomada Síria Cosméticos (RE 698), de Planura (MG) e todos os saneantes e cosméticos produzidos pela Ideal Química Indústria de Detergentes (Re 745), de Curvelo (MG).
Também não possuem registro os produtos para a saúde fabricados pela empresa Fuji Yama do Brasil Indústria e Comércio de Aparelhos de Fisioterapia (RE 746), de Londrina (PR); e todos os medicamentos fabricados pela empresa Izabel Prates Bendlin, nome fantasia Mc Fitoterápica (RE 741), do município de Matos Costa (SC).
A Agência suspendeu ainda todos os produtos sob vigilância sanitária fabricados pelas empresas Mato Verde Agro Indústria e Comércio, nome fantasia Unipharmus (RE 744), de Vargem Alta (ES); e Sophisa Produtos de Tecnologia (RE 747), de São Paulo (SP).
Os produtos Soda Cáustica Imperial Plus, fabricado pela Imperial Indústria Produtos de Limpeza (RE 696), de Uberlândia (MG), e Matotex – Combatedor de Insetos (RE 743), de fabricante desconhecido, também foram suspensos, por não possuírem registro.
Registro
A consulta ao registro de produtos pode ser feita no site da própria Anvisa, de acordo com a área do produto consultado. O registro é a garantia de que o produto foi avaliado, com bases científicas, e atende às normas da vigilância sanitária. A liberação da Anvisa ocorre somente quando todas as exigências são cumpridas.
Denúncias sobre medicamentos, cosméticos e produtos para saúde sem registro sanitário podem ser feitas à Anvisa pelo endereço eletrônico ouvidoria@anvisa.gov.br.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

terça-feira, 18 de março de 2008

Etiqueta inteligente deve chegar ao comércio nos próximos anos

Pesquisadores do parque de tecnologia de São Carlos, no interior de São Paulo, apresentaram uma novidade tecnológica que deve chegar ao comércio nos próximos anos para substituir o código de barras: a "etiqueta inteligente". Um microchip, quase invisível, com capacidade de armazenar o mesmo de informação que um aparelho de mp3.
A vida do consumidor vai ficar mais fácil e prática. Hoje, na hora de pagar, ele precisa passar produto por produto e isso, as vezes, demora muito. Com o novo sistema, é só passar com o carrinho, sem retirar a mercadoria, que a máquina registra o valor total e debita na conta bancária do cliente, que já esta cadastrado no supermercado.
Ela indica, por exemplo, a origem do produto, quando foi fabricado, ingredientes, prazo de validade, condições de transporte, risco à saúde, enfim; uma lista incalculável de informações. O comerciante administra melhor os custos e o consumidor fica mais poderoso.Com o número de série, a pessoa entra no sistema do fornecedor. Remédios falsificados também vão ser descobertos com uma consulta rápida pela internet. O consumidor vai saber até de que boi saiu o bife que está no prato. O sistema é o mesmo do "Sem Parar", usado em pedágios. Antenas captam os sinais emitidos pelo microchip e as informações são lidas por um programa desenvolvido por uma empresa de São Carlos. Com o sistema, ficção científica não fica tão longe da reealidade
Fonte: G1

segunda-feira, 17 de março de 2008

Preço de medicamentos: reajuste médio será de 3,18% este ano

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) divulgou, nesta sexta-feira (14), os índices para reajuste do preço de medicamentos no Brasil. A partir do próximo dia 31, os medicamentos comercializados no país poderão ser reajustados no percentual médio de 3,18%.
Os reajustes foram estabelecidos para três faixas diferenciadas de medicamentos. Os percentuais, de até 4,61%, 3,56% e 2,52%, foram definidos segundo o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas. Confira aqui a faixa de reajuste de cada tipo de medicamento.
Além disso, para calcular o reajuste a Cmed também considerou o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fator de produtividade e a variação dos custos do setor. O próximo reajuste deve ocorrer em março de 2009.
Cerca de 20 mil apresentações terapêuticas serão atingidas pelo reajuste. Os medicamentos fitoterápicos, os homeopáticos e os de que trata a Resolução Cmed 5, de 2003 e a Resolução Cmed 3, de 2004, não são submetidos aos referidos percentuais de reajustes.
Lei - A fórmula de cálculo do reajuste de preço de medicamento no Brasil é definida pela Lei 10.742 / 2003. Essa norma também estabelece a Cmed como órgão responsável pela adoção, implementação e coordenação de atividades relativas à regulação econômica do mercado de medicamentos. Compõem a Cmed ministros e técnicos dos ministérios da Saúde, Justiça, Fazenda e Casa Civil da Presidência da República.
Confira a nota (PDF) de divulgação do reajuste do preço de medicamentos na íntegra.
Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

sexta-feira, 14 de março de 2008

Alerta sobre golpe em nome da Anvisa

Nos últimos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo receberam denúncias de que proprietários de farmácias e drogarias estariam sendo vítimas de um novo golpe. De acordo com as informações, pessoas não identificadas estariam solicitando dinheiro aos empresários para apoiar uma publicação da Anvisa.
A Agência esclarece que não solicita contribuição financeira a nenhuma empresa. As únicas taxas que devem ser pagas pelos entes regulados são aquelas previstas pela legislação sanitária.
Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quinta-feira, 13 de março de 2008

Preço dos remédios deve subir até 4,61%

Quem toma medicamentos controlados por receita deve preparar o bolso, porque um novo aumento de preços está previsto para ocorrer no fim do mês. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, que foi de 4,61%. Este índice serve de base para o reajuste dos remédios no país.
A autorização, que entra em vigor dia 31 de março, foi dada pelo Ministério da Saúde, no Diário Oficial da União. Atualmente, existem três faixas de reajuste, elaboradas de acordo com a participação dos genéricos no segmento nacional.
O aumento máximo deve ficar em torno de 4,61%, que é o relativo ao próprio IPCA, segundo o professor Márcio Nakame, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No início do mês, o órgão apostava em um índice de 4,67%. Caiu um pouco, mas é maior que a alta registrada em 2007, que foi de até 3,02%.
Esse aumento deve ser para o grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20%, como no caso do Xenical e Omeprazol. Naquele em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento será de 3,57%, contra 2,01% de 2007.
Para os com participação abaixo de 15%, o reajuste será de 2,52%, contra 1%.
Para Antônio Barbosa, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamento, o aumento não deveria existir, já que o custo de produção dos remédios, que têm 80% de sua matéria-prima importados, foi reduzido com a queda do dólar. (Fonte: O Globo Online)

quarta-feira, 12 de março de 2008

Artigo: Medida certa para baratear medicamentos

Os medicamentos foram dos que menos subiram de preço em 2007 entre os itens pesquisados pelo IPCA – em torno de 0,9%, para uma inflação geral superior a 4% -, mas ainda assim foram ouvidas as costumeiras queixas sobre os gastos com o produto nas despesas das famílias brasileiras.De acordo com a comprovação do estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em cada medicamento comprado nas farmácias, 35,07% do preço pago pelo consumidor vai para os cofres públicos, na forma de tributos, taxas e contribuições.Atualmente, a tributação sobre os medicamentos (que varia de 17% a 19%) é muito maior que a dos alimentos em geral, como leite (13,75%), arroz e feijão (16,54%).A tese da redução da carga tributária, defendida pela Febrafarma há anos, foi reafirmada no documento que a entidade apresentou aos candidatos à Presidência da República na campanha de 2006. O ponto central da proposta era a redução do ICMS, o imposto que mais pesa no preço dos medicamentos.A Febrafarma encomendou ao IBPT um estudo sobre o impacto da redução do ICMS na arrecadação dos Estados.A conclusão do IBPT é que a receita total proveniente do ICMS cairia apenas 0,92% com a redução e uniformização da alíquota de 12% em todo o País. Atualmente, o imposto varia de 17% a 19%.Os Estados deixariam de arrecadar R$ 1,42 bilhão, mas essa quantia seria compensada pelo crescimento de arrecadação decorrente do aumento do consumo e pela diminuição da informalidade e da sonegação. Além disso, seria estimulada pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED Contábil), com informações de natureza contábil e fiscal, bem como pela Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), cuja introdução está prevista para este e para o próximo ano.A redução de impostos seria transferida automaticamente para o preço final ao consumidor, beneficiando especialmente as famílias pobres, que representam mais de 50% da população, mas respondem por apenas 20% do consumo de medicamentos no País, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE. Para a indústria, a isenção tributária não trará nenhuma vantagem econômica ou financeira direta.Se é flagrante a incoerência entre a essencialidade dos medicamentos e sua taxação excessiva, o trabalho do IBPT demonstra que não há razões técnicas que impeçam a redução dos impostos que incidem sobre o produto.Eis uma medida do tipo ganha-ganha que deveria ser adotada o quanto antes. Com a palavra, portanto, as autoridades que têm o poder de fazê-lo, em nome do bem-estar da população e da melhoria do sistema de saúde no país.(*) Ciro Mortella é presidente-executivo da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). (Fonte: Guia da Farmácia)

terça-feira, 11 de março de 2008

Suécia venderá acessórios eróticos nas farmácias

As farmácias suecas poderão vender a partir de junho objetos de uso sexual, graças a um acordo assinado com a Associação Sueca para a Educação Sexual (RFSU).
O acordo de colaboração afeta cerca de 50 estabelecimentos situados nas principais cidades da Suécia, informou hoje a Apoteket AB, empresa estatal que reúne a maioria das farmácias do país.
A iniciativa foi proposta pela RFSU, que apresentará nas próximas semanas os novos produtos que estarão disponíveis ao público.
Ainda não se decidiu o tipo de produtos que serão vendidos, mas certamente figurarão entre eles objetos para massagem sexual, vibradores e óleos para massagens.
O objetivo desta iniciativa é normalizar o uso destes objetos e satisfazer a ampla demanda sobre um tipo concreto de produtos, segundo os promotores da idéia.
A Associação Sueca para a Educação Sexual é uma ONG fundada em 1933, e é a principal organização sueca no campo da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos atualmente. Fonte: Agência EFE

segunda-feira, 10 de março de 2008

Mantido cancelamento do genérico Micofenolato de Mofetila

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter o cancelamento de registro do medicamento genérico Micofenolato de Mofetila, produzido pela empresa Cellofarm. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5).A Diretoria Colegiada da Agência não acatou o recurso do laboratório, que solicitou a revisão do cancelamento publicado em 14 de novembro do ano passado. As informações complementares apresentadas pela empresa não foram suficientes para comprovar a bioequivalência, que é exigida para registro de medicamentos genéricos.Desde novembro do ano passado a produção deste medicamento já havia sido interrompida. A Anvisa orienta os pacientes que eventualmente ainda utilizam o Micofenolato de Mofetila da Cellofarm a procurar o serviço de saúde para orientação quanto à substituição desse produto. O micofenolato de mofetila é utilizado na prevenção e no tratamento de rejeição de órgãos em pacientes que receberam transplante de rins, coração ou fígado. Confira aqui a íntegra da nota sobre cancelamento (PDF).
Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

sexta-feira, 7 de março de 2008

Anvisa propõe regras para rastrear medicamentos

Os medicamentos utilizados no Brasil poderão ser rastreados em todo o caminho percorrido desde o laboratório até as mãos do consumidor final. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em Consulta Pública (PDF) uma proposta que dispõe sobre os requisitos mínimos para a definição de mecanismos de rastreabilidade e autenticidade de medicamentos. O texto está aberto a contribuições da sociedade até do dia 3 de maio.
De acordo com o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, essa é a fase inicial do processo de desenvolvimento de um sistema de tecnologia que auxiliará no combate à falsificação de medicamentos e garantirá a rastreabilidade até o consumidor final. “Será muito mais fácil identificarmos exatamente para onde foram os medicamentos e de onde eles saíram”, ressalta.
A segunda fase desse processo, segundo Mello, será a escolha da tecnologia que atenda a todos os requisitos pré-estabelecidos pela Agência e que possa ser utilizadas em todos os medicamentos comercializados no País. “O crime de falsificação sempre procura aperfeiçoar-se. O nosso trabalho é encontrar mecanismos para que essa falsificação seja descoberta”
Requisitos
A proposta de resolução estabelece que as empresas que desejarem desenvolver soluções tecnológicas que possibilitem a rastreabilidade e autenticidade de medicamentos deverão seguir algumas normas definidas pela Agência, como o baixo custo total da implantação e aquisição de equipamento de leitura especial para atacadistas e varejistas e demais entes da cadeia de produtos farmacêuticos.
A solução tecnológica também deverá possibilitar a identificação imediata da autenticidade de um produto. “Se houver a necessidade de utilização de mecanismos especialmente desenvolvidos para essa finalidade, o fornecedor da solução deverá assegurar ampla disponibilidade e acesso sem custos adicionais deste mecanismo aos usuários”, destaca o material.
O texto também estabelece a criação de um Identificador Único de Medicamento (IUM) e prevê a possibilidade de rastrear as movimentações de um produto por meio de consulta a banco de dados eletrônico que funcione 24 horas por dia, todos os dias da semana.
A empresa responsável pelo desenvolvimento dessas tecnologias deverá apresentar um estudo à Agência que comprove a baixa possibilidade de falsificação.
As contribuições podem ser encaminhadas para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria Técnica – Astec, SIA Trecho 5 Quadra Especial 57 Lote 200, CEP: 71205-050; para o Fax: (061) 3462-5354; para o e-mail: cp08.2008@anvisa.gov.br ou pelo site pelo site da Anvisa (www.anvisa.gov.br). (Anvisa)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Entrevista: Gabriel Tannus - Presidente da Interfarma

Responsável pela representação de 29 indústrias internacionais com presença no Brasil, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) acredita que cada empresa tem a responsabilidade e o compromisso de investir constantemente - ainda que a custos elevados e com alto risco - em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores, com profissionais cada vez mais qualificados para que possam crescer. Para isso, as empresas buscam um retorno justo e adequado para o capital empregado, que só é possível com a proteção legal proporcionada pela lei de patentes, já que o respeito à propriedade intelectual é um direito reconhecido universalmente.Em entrevista à InvestNews, o presidente da Interfarma, Gabriel Tannus, fala dos obstáculos enfrentados pela indústria farmacêutica, dos novos desafios para 2008 e da aposta do setor na criação de medicamentos inovadores por meio da biotecnologia como alternativa de encurtar o caminho na obtenção do retorno de capital investido para reaplicação em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.Partidário do controle e fiscalização dos medicamentos, Tannus acredita que o órgão regulador está aí para proteger a saúde pública, mas alerta que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu muito o leque e perdeu o foco. O governo, em sua opinião, deveria empenhar-se ainda em fazer um rastreamento de matéria-prima para garantir a qualidade dos produtos no País, uma vez que o nível de exigência das próprias indústrias é mais alto, a cada dia.
INVESTNEWS - Como estão os investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) no País? Quais as dificuldades e o que há de novo?
Gabriel Tannus - Os investimentos em pesquisa clínica foram afetados significativamente no ano passado e um dos motivos foi o excesso de tempo para aprovação dos protocolos exigidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo vários associados, muitos estudos foram redirecionados para outros países, principalmente, na América Latina em países como Argentina, México e Colômbia. Um dos pontos negativos que também afetou a indústria farmacêutica em 2007, não só do ponto de vista da imagem do País lá fora como também na visão conceitual, foi o fato de a indústria de inovação ter sido surpreendida pela licença compulsória do anti-retroviral Stocrin (Efavirenz), medicamento utilizado no tratamento da Aids. O licenciamento foi concedido "para fins de uso público não-comercial", no âmbito do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids). Esse episódio provocou desconforto e desconfiança no setor farmacêutico local e internacional.Desta forma, as empresas inovadoras preferiram optar pela cautela, mas, mesmo assim, algumas continuaram a sinalizar medidas positivas para os negócios no Brasil com construção de fábricas, investimentos e planos de expansão. No entanto, é impossível mensurar quantas companhias desistiram de investir.
INVESTNEWS - A expansão do mercado de medicamentos genéricos no País e das farmácias de manipulação desmotivaram as empresas a investir. Poderia comentar o assunto?
Gabriel Tannus - O cenário é adverso para as indústrias farmacêuticas no Brasil, tanto pela concorrência dos genéricos e das farmácias de manipulação como pelo cenário de negócios. Isso tem levado as fabricantes de medicamentos de pesquisa a reduzir os investimentos em imobilizado no Brasil. Segundo dados da Interfarma, o aporte de suas associadas, que em 2002 ultrapassou a marca de R$ 550 milhões, ficou abaixo de R$ 250 milhões no ano passado.A atual queda no volume de investimentos começou em 2003, quando o Governo Federal começou o controle sobre os reajustes de medicamentos e, a partir daí, o aumento autorizado para os preços continuou em queda, acompanhando o movimento da inflação brasileira.A participação de medicamentos novos no total vendido pela indústria farmacêutica também apresentou queda nos últimos cinco anos. Em 2003, estava perto de 7%, mas caiu para 2,5% em 2006, fechando 2007 em 2,8%. A ampliação do tempo de aprovação de produtos pela Anvisa contribuiu para isso.Mas ao mesmo tempo em que as indústrias de pesquisa enfrentam a concorrência dos genéricos e das farmácias de manipulação, o avanço do genérico no Brasil só não deslanchou mais por causa das farmácias de manipulação. Elas devem vender mais do que os fabricantes de genéricos. Aliás, alguns desses estabelecimentos possuem até estruturas semelhantes às de uma indústria. Por isso, a entidade defende uma maior adequação das farmácias de manipulação às regras do setor, impostas pela Anvisa.
INVESTNEWS - A Anvisa está desempenhando bem o seu papel? Em que está falhando?
Gabriel Tannus - O órgão regulador está aí para proteger a saúde pública. Somos partidários do controle, mas pode-se dizer que a agência abriu muito o leque e perdeu o foco regulador. O governo deveria fazer um rastreamento da matéria-prima para manter a qualidade dos medicamentos. Muitos fabricantes mudam de fornecedor e não há como saber se a matéria-prima tem a mesma qualidade da usada no teste aprovado pela Anvisa. Os grandes laboratórios se preocupam em manter a qualidade e eficiência de seus produtos e são cada vez mais exigentes com isso. Afinal, é a marca e a credibilidade da companhia que está em jogo. Há, no entanto, fornecedores e laboratórios que compram por preço e, muitas vezes, as matérias-primas são inadequadas. Isso deveria ser controlado pelo órgão mais de perto.
INVESTNEWS - O medicamento biotecnológico é um terceiro ciclo na indústria farmacêutica? É uma saída para as fabricantes de medicamentos ou um drible ao genérico? Quais os benefícios que pode trazer às indústrias e aos consumidores?
Gabriel Tannus - A biotecnologia é muito mais antiga do que se pensa. Vem do tempo das vacinas que são produtos biológicos. Com certeza, o medicamento biotecnológico só trará benefícios ao consumidor que terá à sua disposição drogas sofisticadas, sintetizadas pela manipulação genética de células para tratamento de doenças complexas e raras. Para as indústrias, é um novo caminho, quiçá mais curto, para o lançamento de produtos inovadores no mercado. A indústria farmacêutica precisa da inovação para sobreviver, não pode viver só de cópias. A biotecnologia é uma alternativa, nem por isso mais barata, para o desenvolvimento de pesquisas na descoberta de medicamentos inovadores. A indústria farmacêutica trabalha uma forma de reduzir o tempo entre o início da pesquisa e desenvolvimento e sua aprovação de modo a ampliar o retorno investido para, depois, reinvestir. Atualmente, a patente de um novo medicamento expira em 20 anos. E, desde a fase inicial - que começa na idéia -, pesquisa e desenvolvimento, a companhia leva de 10 a 12 anos até a comercialização do medicamento. Ou seja, a indústria pode usufruir do seu invento apenas nos últimos anos oito anos ou até menos, enquanto na invenção de um produto eletrônico, por exemplo, o retorno é quase imediato.Quanto à concorrência entre o medicamento biotecnológico e o genérico, pode-se dizer que não há. O medicamento biotecnológico se destina a pacientes com doenças complexas e raras e o processo é muito complexo. Não existe teste de bioequivalência e biodiversidade para o produto biológico, portanto, é muito difícil fazer cópia. Se alguém quiser copiar um medicamento biotecnológico precisa repetir todas as etapas da pesquisa até desenvolver o produto. Isso é muito caro. Por isso, o medicamento biotecnológico é um incentivo à indústria de inovação.
INVESTNEWS - Isso explica o interesse das multinacionais especializadas nesse tipo de produto começar a se instalarem no Brasil?
Gabriel Tannus - Todos os grandes laboratórios, como as americanas Biogen e Genzyme , entre outros, já têm áreas específicas para desenvolvimento desse tipo de produto. É uma tendência. A indústria farmacêutica precisa de inovação para sobreviver e o Brasil tem potencial para isso.
INVESTNEWS - Como vê a atuação do governo no mercado de medicamentos? Quais os pontos críticos?
Gabriel Tannus - A correção de preços dos medicamentos, concedida anualmente pelo Governo Federal, deverá ser, este ano, a menor da história. Segundo estimativas da Interfarma, o reajuste autorizado deverá ficar entre 1,2% e 1,3%.O reajuste obedece a uma fórmula que acredito ser injusta, e o controle sobre preços é um dos fatores que desestimulam o investimento das empresas no Brasil. Sua adoção se justificaria em um setor onde há um monopólio, o que não é o caso da indústria farmacêutica brasileira.O percentual do aumento autorizado é calculado com base em uma fórmula que considera a inflação do período anterior e a produtividade da indústria farmacêutica, além de itens calculados a partir de preços relativos ao setor. No ano passado, o reajuste médio autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) foi de 1,5%, para uma inflação oficial (IPCA) de 3,1%.As indústrias que atuam com pesquisa, reunidas na Interfarma, pedem também que o Ministério da Saúde deixe claro os critérios adotados no processo de incorporação de medicamentos à lista de produtos de alta complexidade adquiridos pelo governo. Nos últimos quatro anos, apenas quatro produtos foram incluídos nessa lista. É importante que o governo seja claro nos critérios que serão adotados para que as empresas possam demonstrar se os medicamentos apresentam avanços em relação aos concorrentes.A Interfarma ainda critica as altas taxas de juros do País e a demora para que uma empresa possa iniciar pesquisas e obter aprovação para a comercialização de um produto. No Brasil, leva-se 24 semanas para aprovar um protocolo de pesquisas, enquanto no Exterior esse prazo é de 10 semanas em média.
INVESTNEWS - Quais são as perspectivas para 2008?
Gabriel Tannus - O crescimento do PIB, o aumento de renda e nível de emprego, bem como o controle de inflação a níveis inferiores a 5%, devem continuar influenciando o desenvolvimento do mercado farmacêutico brasileiro este ano.O aumento do orçamento do Ministério da Saúde assim como a aprovação, no ano passado, da Emenda Constitucional 29 (que fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em Saúde pela União, por estados e municípios) devem trazer recursos para melhorar os investimentos na área de saúde e, conseqüentemente, no acesso da população a medicamentos. Mesmo considerando a recente derrota em relação à CPMF, a conscientização da população deverá pressionar a opinião pública na obtenção de mais recursos para a Saúde.
INVESTNEWS - As compras de medicamentos e matérias-primas por licitação contêm produtos de referência e genéricos ou o governo compra só pelo menor preço?
Gabriel Tannus - A compra por licitação visa menor preço. Desta forma, o fabricante que oferecer a melhor oferta ganha a concorrência. Há medicamentos de marca (referência), similares, genéricos e medicamentos genéricos de laboratórios governamentais. Mas a minha grande dúvida e pergunta é: Por que não consta da lista da Anvisa nenhum registro de genérico de laboratório governamental?(Gazeta Mercantil.com.br - Silvana Orsini)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Brasil é novamente líder em consumo de remédios para emagrecer

Relatório anual publicado ontem pela Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes), órgão das Nações Unidas, mostra que o Brasil continua com um título no mínimo preocupante: o de maior consumidor de remédios para emagrecimento do mundo.
O uso dos chamados anorexígenos --substâncias como fentermina, fenproporex, anfepramona e fendimetrazina-- vem crescendo no Brasil há ao menos três anos, de acordo com o relatório da ONU, apesar dos sérios efeitos colaterais que podem ser causados (como insônia, irritabilidade, alteração da freqüência cardíaca e até dependência).
A participação de médicos nesse quadro é decisiva, segundo os próprio profissionais da saúde. Para o endocrinologista Antonio Chacra, chefe da disciplina da Unifesp (Universidade Federal Paulista), muitos de seus colegas receitam os anorexígenos apenas pela demanda do paciente. "Há muito abuso. O médico acaba prescrevendo o que o paciente quer. Se ele [paciente] não quisesse, não haveria prescrição", afirma. Em 2006 e 2007, os brasileiros também encabeçaram o ranking.
Apesar de ter sido alertado pela Jife desde 2003, o Brasil está ao lado de países como Argentina, Estados Unidos e Coréia do Norte, na contramão da tendência européia e da Oceania de queda no uso desses medicamentos. Segundo o órgão, o uso per capita destes medicamentos no Brasil chega a ser até o triplo do das demais regiões. "E nem por isso debelamos a obesidade", afirma Chacra.
"A Junta reitera o chamado para que os governos dos países em que há registros elevados de consumo de estimulantes vigiem a tendência do consumo das substâncias, determinem possíveis exageros em medicação de anorexígenos, cerceiem e controlem bem os canais internos de distribuição", recomenda o órgão no relatório.
Segundo o presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), o abuso das anfetaminas está ligado sobretudo a questões estéticas. "Existem pessoas que não têm obesidade, tem problema estético; pessoas que têm 55 kg e tomam [anorexígenos] para perder dois quilos", diz Mancini. Para o médico, quem usa o remédio sem necessidade está mais sujeito aos efeitos colaterais.
Controle
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável pela fiscalização dos medicamentos, afirma que o alto consumo de remédios deste tipo está associado à procura por tratamentos milagrosos para emagrecimento e defende uma mudança de atitudes dos médicos, diminuindo o número de receitas.
A agência afirma que o abuso no uso dos remédios deve cair no ano que vem por causa da implantação do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamnto de Produtos Controlados), pelo qual os pontos de venda têm que informar o órgão pelo menos uma vez por semana sobre as vendas de remédios de uso restrito.
A Jife demonstrou também preocupação em relação aos remédios vendidos ilegalmente pela internet. A Anvisa informa que estabeleceu um convênio com a Polícia Federal para localização e fechamento dos sites brasileiros que vendam os anorexígenos. Em janeiro, os órgãos encontraram um laboratório em Piracicaba (160 km a noroeste de São Paulo) que produzia ilegalmente para emagrecimento. Fonte: Folha de SP

terça-feira, 4 de março de 2008

Marcas de baixo custo impulsionam mercado de coloração

A cesta de higiene pessoal, segundo a Nielsen, teve variação de +1,5% em volume e apenas +0,9% em valor, em 2007. Os preços têm uma pequena redução de 0,6%. Destaque para as vendas na categoria de fraldas descartáveis (+9,4%), impulsionadas pela redução de 4,6% no preço médio. As versões básicas contribuem em 12% para o crescimento da categoria. Coloração para os cabelos teve incremento de 7,2%, alavancado pelas marcas de baixo preço, que já representam quase metade do volume da categoria, e o maior acesso por parte do consumidor. Cerca de um milhão de lares não compraram a categoria em 2006 e passaram a comprar em 2007. Os consumidores de nível sócio-econômico baixo foram os que mais contribuíram para o crescimento da categoria. Fonte: Freedom Comunicações

segunda-feira, 3 de março de 2008

Anvisa suspende produtos sem registro de cinco empresas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta semana, a fabricação, distribuição, comércio e uso de produtos de cinco empresas, por não possuírem registro.
Entre eles estão todos os produtos fabricados pela empresa Spic Pharma (RE nº 549/08), de Laguna (SC); e os produtos Ginceng, Tônico Energético e Prostan (RE nº 550/08), fabricados pelas empresas Gaspari & Gaspari e Ervas Natu Mel, ambas de Itapemirim (ES).
Também não possuem registro: Vigorofort – Tônico Revigorante dos Nervos e Músculos, o Elixir de Vinagre de Maçã e todos os demais produtos sob vigilância sanitária fabricados pela empresa Danatura Indústria e Comércio de Produtos Naturais (RE nº 563/2008), de Capim Grosso (BA); e o Álcool Etílico 70%, fabricado pela empresa DGL Indústria e Comércio (RE nº 592/08), de Franco da Rocha (SP).A consulta ao registro de produtos pode ser feita no site da própria Anvisa, de acordo com a área do produto consultado. O registro é a garantia de que o produto foi avaliado, com bases científicas, e atende às normas da vigilância sanitária. A liberação da Anvisa ocorre somente quando todas as exigências são cumpridas.Denúncias sobre medicamentos, cosméticos e produtos para saúde sem registro sanitário podem ser feitas à Anvisa pelo endereço eletrônico ouvidoria@anvisa.gov.br.Outras irregularidades
A Anvisa suspendeu ainda a distribuição, comércio e uso, em todo país, do lote AN 016/07 do produto Parinex (heparina sódica), fabricado pela empresa Hipolabor Farmacêutica (RE nº 548/08), de Sabará (MG). O produto apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto.
Já os lotes 0611005 e 0704003 do anti-hipertensivo Adalex Retard (Nifedipino), comprimidos, estão suspensos por apresentarem dissolução do princípio ativo abaixo da especificação, o que compromete o efeito do produto. O medicamento é produzido pela HB Farma Laboratórios (RE nº 551/08), de São Gonçalo (RJ).
A suspensão de um ou de todos os lotes de determinado produto é definitiva e tem validade imediata, após divulgação da medida no Diário Oficial. O recolhimento (retirada do mercado) é de responsabilidade do fabricante. O usuário que já tiver adquirido algum produto dos lotes suspensos (o número do lote é impresso na embalagem) deve interromper o uso imediatamente.
Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

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