quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Medicamentos tarjados lideram as vendas nas farmácias de Belo Horizonte

Os medicamentos para emagrecer, calmantes e antidepressivos lideram o aumento de vendas nas farmácias de Belo Horizonte, ao mesmo tempo em que têm o maior reajuste de preços. De janeiro a julho, esses remédios tiveram reajuste de 5,17% em Belo Horizonte, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), da Fundação Ipead. A alta é bem acima do índice geral da inflação no período (2,85%) e do aumento do custo de produtos farmacêuticos (1,41%). No consumo, os calmantes e antidepressivos também lideram o aumento de vendas. De abril do ano passado até o mesmo mês deste ano, as vendas desses remédios somaram US$ 997 milhões (R$ 1,62 bilhão). O consumo no período subiu 38%, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), com base nos dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no Brasil e no mundo. A maioria dos calmantes e antidepressivos é medicamento de tarja preta. "Alguns são de tarja vermelha, mas têm controle especial. A farmácia é obrigada a ficar com a receita médica", afirma Antônio Barbosa, coordenador do Idum. Ele alerta que o consumo desenfreado desses medicamentos pode trazer efeitos colaterais graves, com dependência química e física. De janeiro a junho, o mercado total de medicamentos vendeu 789,4 milhões unidades, contra 641,9 milhões em igual período de 2007. A alta é de 6,4% no semestre, segundo a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). "A alta de preços de certas classes pode acontecer em função do reajuste de algum laboratório ou outro. Os produtos não sofrem aumento por categoria", afirma Benício Machado de Faria, presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG).Fonte: Estado de Minas - Belo Horizonte

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