sexta-feira, 30 de maio de 2008

Apreendido lote de Cialis falsificado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quinta-feira (29), a apreensão e inutilização, em todo país, de um lote falsificado do medicamento Cialis. O lote A253266 tem o mesmo número do lote original, que é produzido pelo laboratório Eli Lilly do Brasil.
A falsificação foi detectada após denúncia de um consumidor do Rio de Janeiro (RJ) ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante. A própria empresa informou o caso à Anvisa.
Em caso de dúvida ou suspeita sobre o medicamento, o usuário deve fazer a denúncia para o serviço de atendimento ao consumidor do laboratório Eli Lilly (pelo número 0800 709 3636), para a Anvisa (pelo e-mail inspecao@anvisa.gov.br) ou procurar a Vigilância Sanitária do seu município ou estado.(Fonte:Anvisa)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nova rede de farmácias é lançada

A união das farmácias de pequeno porte pretende aumentar o nível de competitividade delas em relação às grandes redes por meio de compra de medicamentos e demais produtos de maneira coletiva, o que reduz os custos e faz com que as farmácias possam repassar melhores preços ao consumidor.Além disso, com a criação da rede, a Asfarin espera atrair novas parcerias e conquistar novos clientes e associados e expandir a marca para todo o Estado.A Asfarin foi criada em 2001, e tem o apoio do Sebrae e da Associação Empresarial de Criciúma (Acic).Segundo Joceli de Souza, presidente da Acfarma, até agora dezoito farmácias modificaram a fachada, colocando a logo e as cores da rede, e os demais associados, serão, por enquanto, parceiros de compras.Juntas, as farmácias associadas à Asfarin compram atualmente R$ 1 milhão/mês em produtos e medicamentos, número que deve crescer com a abertura da rede.O associativismo para as farmácias independentes é uma maneira de combater a concorrência das grandes redes.Sozinhas, as farmácias de pequeno porte não conseguem competir com elas, afirma Souza.Lojas da rede serão identificadas Segundo João José Camargo, consultor da Acic, os filiados à Acfarma terão as lojas padronizadas, com fachadas indicando que aquela farmácia pertence à rede, utilizarão o mesmo modelo de uniforme e irão oferecer as mesmas promoções.As farmácias da rede divulgarão as promoções para que o consumidor saiba que em qualquer farmácia onde veja a indicação da Acfarma, encontrará a mesma oferta, afirma.Camargo afirma também que a qualificação dos funcionários e empresários será uma constante entre os participantes da rede.Até o final do ano a Acfarma planeja chegar aos 100 associados e lançar um cartão de fidelidade - com pontuação e bônus para os clientes.E em um futuro próximo, um crédito específico para as compras nas farmácias da rede.Fonte: Jornal A Tribuna

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cosméticos orgânicos sem concorrentes

Uma empresária percebeu o interesse do consumidor por produtos naturais, e saiu na frente. Geysa Belém lançou uma linha de cosméticos só com ingredientes orgânicos - produzidos sem o uso de produtos químicos. São xampus, cremes, sabonetes, hidratantes, entre outros. A matéria-prima vem da Amazônia.
“Manteiga de cupuaçu, que é super hidratante, o óleo de andiroba, que é muito utilizado como cicatrizante pelos índios, temos castanha do Brasil, o Brasil Nut, que é um produto de grande poder hidratante. A nossa Amazônia é riquíssima em produtos, em ingredientes, que vão fazer um diferencial para o consumidor”, conta a empresária Geysa Belém.
A fábrica existe desde 1994. Em 2004, a empresária apostou na linha com ingredientes orgânicos. Desde então, as vendas aumentam 30% todo ano. Hoje, a produção é de 20 mil unidades de cosméticos por mês.
A empresária desenvolve os cosméticos num laboratório. É a parte mais difícil. Ela demora dois anos para lançar uma linha de produtos. E chega a fazer 50 amostras de cada item, até chegar à fórmula certa.
Geysa é engenheira química e cuida pessoalmente dos testes. Em cada formulação, vão 14 itens. Lá, o desafio é fazer os produtos só com ingredientes naturais.
“A quantidade de ingredientes orgânicos certificados é muito limitada, então nós temos que trabalhar com o que existe hoje no mercado. Não temos referência em termos de conservantes naturais, estamos usando isso pela primeira vez. Então toda a parte de pesquisa está sendo desenvolvida por nós”, conta Geysa.
Veja como montar uma empresa de cosméticos orgânicos. O investimento é de R$ 80 mil. Equipamentos necessários: tanque de fabricação, misturadora e envasadora. É preciso contratar um técnico para desenvolver os produtos. Segundo a empresária, boa parte do dinheiro é gasto em viagens, porque é essencial fazer muita pesquisa.
“Eu viajo duas vezes por ano para a Região Amazônica, para estar em contato com as comunidades locais, buscando inovações, matérias-primas novas. E também temos que viajar para exterior, participar de feiras internacionais, para buscar novidades, lançamentos, ver o que está acontecendo com o mercado lá fora para poder acompanhar essas tendências mundiais”, diz Geysa.
Outro cuidado é com as embalagens. Elas representam 30% do custo do produto. Mas, segundo a empresária, vale a pena investir na aparência porque ajuda a vender.
Ela usa fotos dos ingredientes nos frascos, peneiras de palha de palmeiras da Amazônia, e cuicas com grafismo indígena feitas pelas comunidades ribeirinhas.
“Tem que investir em embalagem porque é a primeira coisa que chama a atenção do nosso produto para o consumidor. Então ele se identifica com aquele tipo de conceito amazônico onde vê aquela fruta na etiqueta de um xampu ou loção, e ele já se imagina utilizando um produto que veio da floresta”, acredita Geysa.
Outros empresários também viram uma oportunidade nos cosméticos orgânicos. Adriana Mendes e Edgar Ribeiro fabricam 38 itens, entre xampus, condicionadores e hidratantes. Eles também são feitos com ingredientes da Floresta Amazônica, como babaçu, cupuaçu e castanha do pará. Os empresários terceirizam toda a produção numa fábrica.
“Assim a gente tem tempo para desenvolver produtos, participar de feiras, se preocupar com o marketing”, diz a empresária Adriana Mendes.
Os empresários adotaram uma ação de marketing para tornar o produto mais atraente e vender mais. Eles mantêm uma linha natural, mas também usam corantes e aromatizantes artificiais em alguns produtos.
“É muito importante que ele sabia que ele está levando um produto que não é 100% orgânico, mas na composição ele encontra outros atrativos”, avisa Adriana.
Os ingredientes orgânicos são difíceis de encontrar, e elevam o preço dos cosméticos em 30% com relação ao produto tradicional. Por isso, os cosméticos são direcionados para o público de bom poder aquisitivo. Hoje a empresa produz 5 mil unidades por mês. Segundo o consultor Nilson Hashizumi, a grande promessa desse mercado é a exportação.
Os cosméticos orgânicos com ingredientes da Amazônia enchem os olhos do estrangeiro.
“Além de ter os preceitos naturais, eles têm um apelo claro de saúde, de produtos saudáveis. E por isso é que fica tão mais fácil, se bem trabalhado, fazer com que os cosméticos que têm ingredientes amazônicos e sejam produzidos de forma orgânica sejam tão bem sucedidos no futuro”, aponta o consultor Nilson Hashizumi.
O mercado externo também é muito exigente. Os empresários Edgar e Adriana sabem disso. Rótulos na língua do país, qualidade do produto e pontualidade na entrega são requisitos básicos. Os importadores europeus, por exemplo, exigem que uma porcentagem das vendas revertam para o meio ambiente. Mas, depois de conquistado, o potencial de mercado é grande.
Hoje, 20 % das vendas da empresa vão para a Europa, Estados Unidos e Oriente Médio. A previsão é triplicar as exportações até o final deste ano.
“A gente participa de feiras e as pessoas já ficam encantadas com os produtos brasileiros que a gente tem e ainda mais com essa novidade de ter produtos orgânicos", conta a empresária.
"Na medida em que o empresário souber utilizar bem, fazer um posicionamento adequado, mostrar que você entrega muito mais valor do que retira da natureza, você, necessariamente, vai ter a possibilidade de alcançar o sucesso tão desejado para o seu produto, para a sua linha de produtos”, aponta Nilson.
E a Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios que está nas bancas traz uma reportagem especial sobre negócios orgânicos. Para mais informações acesse www.empresas.globo.com

terça-feira, 27 de maio de 2008

Diretor-presidente se encontra com empresários do setor farmacêutico de Goiás

Em um encontro de quase duas horas na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), defendeu junto à indústria farmacêutica do Estado um plano de articulação entre a Agência e as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, com foco na inspeção e fiscalização de medicamentos.
Em um encontro de quase duas horas na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), defendeu junto à indústria farmacêutica do Estado um plano de articulação entre a Agência e as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, com foco na inspeção e fiscalização de medicamentos.
Dirceu Raposo, que estava acompanhado da diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito e o assessor técnico, Pedro Ivo Ramalho, aproveitou para anunciar que a Agência já está cadastrando todos os insumos importados utilizados pela indústria brasileira na fabricação de medicamentos.
Na visão do diretor-presidente, o cadastro funciona como uma espécie de “histórico escolar do insumo”. Assim é possível conhecer a procedência e a qualidade. São cerca de 30.000 mil substâncias, mais do que o número de medicamentos registrados na Anvisa -12.000, atualmente. O cadastro permite, ainda, dar agilidade ao serviço de inspeção.
Eduardo Gonçalves, presidente do Sindicato das Indústrias farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), falou em nome dos empresários e pediu uma agenda de encontros permanente entre a Anvisa e o setor produtivo, com o intuito de fortalecer a indústria nacional. Entre as propostas dos empresários está a implantação, no Estado de Goiás, de um centro de estudos e pesquisas farmacêuticas.
O diretor-presidente vai estudar as demandas do setor, mas já adiantou que concorda com a agenda de encontros.
Laboratórios oficiais são discutidos no encerramento do Fórum Regional
As estratégias de ação de vigilância sanitária para a região Centro-Oeste foram discutidas, na quarta-feira (21), último dia do Fórum Regional de Vigilância Sanitária. Mais de 100 participantes analisaram e apresentaram os resultados das discussões do primeiro ano de implementação do Plano Diretor de Vigilância Sanitária (PDVISA).
O papel da Rede de Laboratórios Oficiais de Saúde Pública do País foi amplamente discutido durante o encontro. Os participantes detectaram que é preciso implementar o modelo de gestão e estruturação da rede.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, afirmou que, para isso, as práticas e papéis dos laboratórios têm que ser revistos. “Os laboratórios são diferentes e, por isso, devemos adaptar essas diferenças às necessidades do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Eles têm que atuar se complementando”, ressaltou.
Os temas serão discutidos ainda nas outras quatro regiões do país. O próximo Fórum Regional, da região Norte, ocorre nos dias 4 e 5 de junho, em Palmas (TO).
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

segunda-feira, 26 de maio de 2008

SDE arquiva 21 denúncias contra farmácias por concorrência desleal

A SDE (Secretaria de Direito Econômico) decidiu que os descontos de farmácias obedecem às leis e arquivou 21 denúncias contra estabelecimentos que praticam preços abaixo da concorrência. Agora, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) tentará impedir a condenação dessas farmácias na Justiça.Em Recife (PE), por exemplo, a Drogaria São Paulo enfrenta resistência local porque oferece 30% a menos nos seus produtos, contra 15% das demais farmácias do Estado. Os 21 casos arquivados constituem número maior do que todos os casos arquivados pela SDE em 2007. O arquivamento também possui um propósito de enviar a mensagem de que erradas são as farmácias que criticam os descontos, não as que os concedem.
Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Roubo de remédios supera falsificações e cresce 20% em um ano

Um relatório elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) preparado a pedido do Max Planck Institute, um órgão do governo alemão que estuda o tema em vários países, aponta que o roubo de carga de remédios supera as falsificações e se consolida como o principal ator do mercado ilegal de medicamentos no país, segundo reportagem da Folha (íntegra do texto exclusiva para assinantes do jornal e do UOL) desta sexta-feira.
A reportagem, assinada pela jornalista Claudia Colucci, traz dados a respeito do roubo de cargas de medicamentos no Estado de São Paulo ao longo do ano de 2007 e o primeiro trimestre deste ano. Os números apontam uma evolução de 20% nessa modalidade de crime em 2007 em relação ao mesmo período de 2006.
A partir de entrevistas com delegados e promotores, a FGV chegou a conclusão de que há ao menos 50 grupos especializados em roubo de carga de medicamentos agindo no país. Em geral, diz o texto, eles têm informações que saem de dentro das próprias companhias farmacêuticas sobre a data da saída, o conteúdo e o destino das cargas de remédios.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda um mecanismo de rastrear todos os tipos de medicamentos desde sua fabricação até a venda no balcão das farmácias.
A reportagem traz ainda informações de estudo coordenado pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) a respeito da informalidade no setor farmacêutico no Brasil. Ela varia de 20% a 40% e gera uma perda anual entre R$ 2 a R$ 3 bilhões em arrecadação de impostos e recolhimento de taxas estaduais e federais.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Grupo mexicano compra Drogasmil

Grupo mexicano adquire a rede Drogasmil (19/5/2008)

O grupo mexicano Casa Saba anunciou a aquisição da rede de farmácias brasileira Drogasmil Remédios e Perfumaria. O negócio está avaliado em US$ 115 milhões (R$ 185 milhões). Em comunicado, a Casa Saba justificou a aquisição informando que o Brasil “é o mercado farmacêutico mais importante da América Latina, com cerca de US$ 12 bilhões em vendas anuais em 2007”. Por isso, diz ainda o comunicado, a incursão nesse mercado reflete o compromisso da companhia mexicana em “ buscar oportunidades de crescimento”. A rede Drogasmil obteve no ano passado um faturamento de R$ 270 milhões (US$ 165 milhões), de acordo com a nota, e atualmente conta com mais de 90 farmácias no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Segundo a Casa Saba, a Drogasmil conta com centros de distribuição e pontos-de-venda que a transformam em um importante ator do setor farmacêutico brasileiro, o que servirá como “plataforma de crescimento” para o grupo mexicano no País. Essa aquisição é a primeira realizada pelo Grupo Casa Saba fora do México. Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 20 de maio de 2008

Polícia faz operação em laboratório farmacêutico no Rio

Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) realizaram nesta segunda-feira duas operações em dois laboratórios farmacêuticos da empresa Sedabel localizados em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Os laboratórios ficam na Avenida Washington Luís, na altura do quilômetro 4,5, e na rua Manoel Soares Caldas, no bairro Vila São Luís. De acordo com o delegado Marcos Cipriano, a operação tem como objetivo reprimir a comercialização ilegal de medicamentos falsificados.
Segundo ele, a polícia descobriu, após receber uma denúncia, que os responsáveis pelos laboratórios escondiam os medicamentos ilegais em paredes falsas. O laboratório produz, entre outros medicamentos, o Killgrip, um dos remédios mais vendidos nas farmácias do Rio para combater os sintomas da gripe.
O laboratório Sedabel foi procurado pela equipe do Último Segundo, mas não se pronunciou sobre o assunto. (Último Segundo)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Secretaria de Direito Econômico arquiva 21 denúncias sobre aumento de medicamentos

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) arquivou nesta quinta-feira 21 denúncias sobre aumentos de preços praticados por farmácias. Segundo a diretora do Departamento de Proteção de Defesa Econômica (DPDE), da SDE, Ana Paula Martinez, a decisão protege os consumidores. Isso porque as denúncias foram iniciadas por redes de farmácias que reclamavam dos descontos dos medicamentos feitos pela concorrência, alegando que havia prática de preços predatórios. Essas reclamações faziam com que os ministérios públicos estaduais obrigassem estabelecimentos a fixar um valor de desconto.
- Isso prejudica a população pobre e doente. É impossível configurar preços predatórios no mercado de medicamentos. Quanto mais concorrência melhor - disse Ana Paula. (O Globo)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A saúde em perigo

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde a sua criação, vem realizando um excelente trabalho de monitoramento da qualidade da produção de medicamentos
Marcos Oliveira
Medicamentos contêm substâncias químicas que, em diminutas quantidades, provocam reações importantes no organismo humano. Se a quantidade do ingrediente farmaceuticamente ativo for menor que a indicada, o medicamento não provocará os resultados esperados, e se for maior pode provocar efeitos indesejáveis. Pior, um medicamento pode conter impurezas resultantes de seu processo químico de produção ou do uso de uma matéria-prima de baixa qualidade. Por estas razões a indústria farmacêutica trabalha sob severas exigências no que diz respeito a seus padrões de qualidade.No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde a sua criação, vem realizando um excelente trabalho de monitoramento da qualidade da produção de medicamentos, não só através da criação de um corpo de regulamentos sanitários de alto padrão como também pela fiscalização local das instalações de produção de empresas farmacêuticas instaladas no País. Todo medicamento produzido no Brasil precisa de uma autorização prévia para ser comercializado, que só é concedida após terem sido cumpridas às exigências legais, que não são poucas, e depois que a Anvisa inspecionou e aprovou as instalações do produtor. Para cada um de seus produtos, a indústria farmacêutica nacional tem que preparar um dossiê completo do processo de produção indicando inclusive a origem dos insumos que usará. Após a fabricação, osm medicamentos colocados à venda são ainda fiscalizados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, uma garantia adicional da qualidade do produto que chega ao consumidor.Todo este esforço, porém não é suficiente para garantir a qualidade dos medicamentos disponíveis nas prateleiras das farmácias porque, hoje, quase metade deles, além das matérias-primas e insumos diversos, são importados e entram no Brasil sem fiscalização adequada. Com o sistema atual de importação, a Anvisa não tem a menor possibilidade de garantir a qualidade dos produtos que estão entrando no País.Em 2007, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, estarão entrando no Brasil mais de 2 bilhões de dólares em medicamentos e bem mais que 500 milhões de dólares em matérias-primas. E esta imensa quantidade de produtos está penetrando no mercado brasileiro sob um precaríssimo sistema de controle sanitário.O elevado preço dos produtos farmacêuticos é um atrativo para fraudes e falsificações de todo tipo, o que está se tornando num problema mundial, em face da multiplicação de novos produtores em todos os continentes. Somente na China, há mais e 8.000 indústrias químicas que, por não se identificarem como produtores de medicamentos ou insumos farmacêuticos, não sofrem nenhum tipo especial de qualificação e fiscalização. No entanto, boa parte de seus produtos entra na cadeia de produção dos medicamentos como matéria-prima.Não é só a China, é claro. O mercado mundial está abarrotado de novos produtores tentando comercializar produtos de boa ou má qualidade. Os de boa qualidade são orientados para os mercados que têm sistemas adequados de fiscalização, enquanto que os de má qualidade são direcionados para os países que descuram do controle de qualidade na importação.Não faz muito tempo que um simples xarope contra tosse matou cerca de 100 crianças no Haiti, porque utilizava etileno glicol na sua composição. O mesmo aconteceu no Panamá, onde 138 pessoas morreram pela ingestão de um remédio falsificado contendo o mesmo produto químico. No Brasil, vários laboratórios farmacêuticos oficiais já se queixaram da baixa qualidade de inúmeras matérias-primas importadas que chegam com especificações técnicas inteiramente incompatíveis com as originalmente oferecidas.A qualidade dos medicamentos e insumos farmacêuticos que circulam pelo mercado mundial já integra a agenda de preocupações de agências internacionais e ONGs voltadas para as questões de saúde. Segundo informou a Organização Mundial da Saúde em recente encontro internacional realizado em Buenos Aires, estima-se que pelo menos 10% de todos os medicamentos comercializados internacionalmente são falsificados e que este percentual pode dobrar nos países mais pobres, com inadequada fiscalização sanitária.Garantir a qualidade das importações de medicamentos e seus insumos pode não ser tarefa simples, mas é indispensável. Os fabricantes estrangeiros de medicamentos e insumos farmacêuticos devem ser obrigados a atender aos mesmos padrões de qualidade exigidos das empresas brasileiras do setor, o que implica registrarem previamente seus produtos e terem suas instalações fiscalizadas. O Ministério da Saúde e a Anvisa precisam agir rapidamente para evitar que a próxima tragédia causada por medicamento falsificado ocorra no Brasil. O Imparcial - MA

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Aumenta prazo de entrega da declaração do Simples

Segundo a portaria CAT 68, publicada no dia 13 de maio, foi prorrogado o prazo para a entrega da declaração do Simples Nacional. O novo prazo permitirá aos contribuintes entregarem a declaração até o dia 30 de maio. A alteração da data foi efetuada após representantes do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo - Sindcont-SP, juntamente com outras entidades contábeis pedirem o aumento do prazo para a entrega da declaração do Simples Nacional- SP. Se encaixam no regime as micro e pequenas empresas com faturamento de até 2,4 milhões de reais por ano. O sistema, da Receita Federal, que unifica oito impostos federais, estaduais e municipais em uma única alíquota está em vigor desde 2007. Revista PEGN

terça-feira, 13 de maio de 2008

Medicamentos: inscrições abertas a partir de 19 de maio

Nos dias 5 e 6 de junho a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Gerência Geral de Medicamentos (GGMED), promove o III Seminário Nacional de Orientação ao Setor Regulado na Área de Medicamentos.
O objetivo deste seminário é orientar, esclarecer e debater com o setor industrial farmacêutico os regulamentos vigentes e os procedimentos administrativos relativos ao registro dos medicamentos.
A partir do dia 19 de maio, o formulário para inscrição estará disponível no perfil do Setor Regulado, na página da Anvisa. O comprovante emitido no ato da inscrição será exigido no credenciamento do evento.
Cada empresa farmacêutica matriz poderá concorrer a uma das vagas disponíveis para a sua região. O representante da empresa no evento deve ser preferencialmente um profissional envolvido nos assuntos regulatórios e poderá atuar tanto na matriz quanto na(s) filial(ais), bem como ser um consultor que presta tal serviço para a empresa.
As vagas estão distribuídas por regiões geográficas e são proporcionais ao número de empresas farmacêuticas matrizes localizadas em cada uma delas. Desta forma, serão ofertadas: 20 vagas para a região norte e nordeste; 19 vagas para a região centro-oeste; 133 para a região sudeste e 28 para a região sul.
As dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail: ggmed@anvisa.gov.br
Confira a programação (PDF)
III Seminário Nacional de Orientação ao Setor Regulado na Área de MedicamentosQuando: dias 5 e 6 de junho de 2008Local: LBV – SGAS 915, Lotes 75 e 76, Edifício Parlamundi, Brasília - DF.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Medicamento chinês mata 81 nos EUA

O FDA, orgão regulador de medicamentos e alimentos do governo norte-americano, conseguiu estabelecer a ligação entre a matéria-prima vinda da China e a as mortes causadas pelo remédio heparina, industrializado nos Estados Unidos. Foram identificadas 12 fábricas chinesas que enviaram matéria-prima para heparina para 11 países diferentes, entre eles, Nova Zelândia, França, Alemanha, Itália e Japão. O material para a produção de heparina é obtido no processamento de intestinos de suínos que muitas vezes vêm de criações familiares, com práticas sanitárias não controladas. Os embarques contaminados começaram em 2006 e os problemas clínicos atingiram o auge de novembro a fevereiro. Na Alemanha, um grupo de pacientes que estava em programas de diálise desenvolveu uma séria de complicações por causa da heparina contaminada.

As exportações de produtos manufaturados na China vêm sofrendo com a descoberta de produtos contaminados ou mesmo grosseiramente falsificados. De pasta de dentes a comida para animais de estimação, sem esquecermos os brinquedos pintados com tinta tóxica, a lista parece interminavél.

Os oficiais da vigilância sanitária visitaram fábricas na China e emitiram um alerta contra as práticas de produção chinesas, que não seguem os padrões ocidentais estabelecidos. Os tanques de mistura de matéria prima , por exemplo, não estavam adequadamente limpos.

O governo chinês reagiu negando as acusações, questionando o fato de que os problemas somente ocorreram nos Estados Unidos, apesar dos relatos vindo da Alemanha.

O problema dos medicamentos falsificados ou abaixo do padrão se tornou universal e levou a Organização Mundial de Saúde a criar em 2006 a primeira aliança global contra a falsificação de medicamentos, batizada de IMPACT, envolvendo os 193 estados membros da OMS.

As estimativas são de que 1% das vendas de medicamentos nos países desenvolvidos sejam de origem duvidosa; nos países em desenvolvimento essa proporção chega a 10%. O volume de recursos movimentado deve chegar a US$ 75 bilhões em 2010. A estratégia da OMS para combater a falsificação de medicamentos é criar estruturas de comunicação e alertar para monitorar o tráfico dessas drogas e seus efeitos adversos. A ação individual começa no ato de não comprar medicamentos sem orientação médica ou de fontes desconhecidas. Fonte: G1

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Agência suspende pulseira de citronela sem registro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta quinta-feira (8), a fabricação, distribuição, comércio e uso, em todo país, da Pulseira de Citronela fabricada pela empresa Indústria Comércio Importação e Exportação de Novidades Harmonia (RE 1351).
O produto não possui registro. Como a empresa, localizada em Carapicuíba, também não tem autorização para funcionar, a suspensão estende-se a todos os produtos saneantes produzidos por ela.
A Agência também interditou, por 90 dias, o lote AL075 do medicamento Tensioval (Metildopa), 500mg, comprimidos, fabricado pela empresa Sanval Comércio e Indústria (RE 1350), de São Paulo (SP). Amostras analisadas pela Fundação Ezequiel Dias apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de Dissolução de Metildopa e Análise de Rotulagem.
Já o lote 0703134 do analgésico Dipirona Sódica, da Indústria Farmacêutica Rioquímica (RE 1352), apresentou resultado insatisfatório no ensaio de Determinação de Teor de Dipirona. O lote também está interditado por 90 dias.
Serviço
Denúncias sobre medicamentos, cosméticos e produtos para saúde sem registro sanitário podem ser feitas à Anvisa pelo endereço eletrônico ouvidoria@anvisa.gov.br.A consulta ao registro de produtos pode ser feita no site da própria Anvisa, de acordo com a área do produto consultado. O registro é a garantia de que o produto foi avaliado, com bases científicas, e atende às normas da vigilância sanitária. A liberação da Anvisa ocorre somente quando todas as exigências são cumpridas.A interdição de produtos é uma medida válida por 90 dias após a divulgação no Diário Oficial, período em que é realizada a contraprova do laudo de análise fiscal emitido por órgão-parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Durante esse prazo, os lotes interditados não podem ser comercializados nem consumidos. O número do lote é impresso na embalagem.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Compras online atingem R$ 6,2 bilhões em 2007

No Brasil, as compras realizadas no comércio eletrônico somaram R$ 6,2 bilhões em 2008, um crescimento de 40% em relação aos doze meses do ano anterior. A variedade dos produtos, a comodidade e facilidade na comparação de preços em diversas lojas em um curto período de tempo, a possibilidade do parcelamento sem juros e condições de pagamento facilitadas e o aumento do número de internautas foram os grandes impulsionadores para que o volume de pedidos contabilizado na rede chegasse a 20,4 milhões, aproximadamente 5,6 milhões de pedidos a mais que em 2006, quando o setor recebeu 14,8 milhões de pedidos. Fonte: Cosmética News

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ação apreende produtos sem registro em shopping center

A Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) apreendeu, nesta terça-feira (6), mais de 20 tipos de suplementos vitamínicos e produtos fitoterápicos comercializados sem registro sanitário ou com registro adulterado.
Os produtos foram encontrados durante inspeção conjunta com a vigilância sanitária do Distrito Federal em uma loja de suplementos alimentares, em um shopping localizado na região central de Brasília (DF).
O estabelecimento também foi interditado por não possuir alvará de funcionamento. Os fiscais encontraram ainda propagandas que induziam ao consumo dos produtos irregulares.
Investigação
A inspeção partiu de uma denúncia feita pela imprensa de que o estabelecimento estaria comercializando anabolizantes proibidos. Os fiscais não encontraram os produtos, mas uma investigação irá apurar a denúncia.
O estabelecimento está sujeito a multa sanitária que varia entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão (definida conforme a avaliação da gravidade do fato e possíveis antecedentes/irregularidades sanitárias). Se for comprovada a venda de medicamentos proibidos, os responsáveis pela loja também devem responder pelo crime contra a saúde pública.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

terça-feira, 6 de maio de 2008

Medicamentos modernos já chegam ao consumidor

Representante de um novo rol de medicações modernas, os chamados remédios combinados são medicamentos que associam em uma única pílula dois ou mais princípios ativos. Um dos exemplos é o Caduet, da Pfizer. Além de ajudar no controle do colesterol, devido à ação do composto ativo atorvastina, ele funciona como anti-hipertensivo. Aumentar o conforto do paciente também é um alvo cada vez mais perseguido. Para isso, buscam-se novas formas de apresentação, como a do Trimedal Tosse. Trata-se do primeiro no Brasil no formato de fitas finíssimas que dissolvem instantaneamente na boca. Segundo a Novartis, fabricante da novidade, cada filme contém a dose exata do medicamento, dispensando medidor. Além disso, pode ser ingerido a qualquer hora e em qualquer lugar e tem ação rápida, até 15 minutos depois da ingestão já se observa o alívio da tosse, de acordo com o laboratório. Muito se tem pesquisado ainda para a criação de drogas que apresentem sistemas de liberação diferenciados, permitindo a ingestão de menos doses e o controle contínuo da doença. Uma das áreas em que essas características são mais desejadas é a da saúde mental. Em muitos casos, os pacientes não têm condições de tomar corretamente os remédios, o que pode atrapalhar no controle dos sintomas. Por isso, quanto mais durar o efeito da medicação, melhor. A novidade nesta área é o Invega, da Janssen- Cilag, indicado contra a esquizofrenia. O medicamento tem liberação prolongada, o que possibilita sua concentração constante em um período de 24 horas. Dessa forma, há mínimas variações de picos ou quedas nos níveis das substâncias ativas no sangue. “Além disso, ele não é metabolizado pelo fígado. É excretado praticamente inalterado pelos rins. Por isso, tem potencial reduzido para causar alguma interação medicamentosa”, afirma o psiquiatra Mário Louzã, coordenador do Projeto Esquizofrenia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nesse gênero, está em estudo o Spheramine, do laboratório Bayer Schering Pharma. Trata-se de uma terapia celular contra o mal de Parkinson. Ela consiste no implante de microcápsulas no cérebro por meio de neurocirurgia. Estas microcápsulas contêm células humanas multiplicadas em laboratório que, quando implantadas no cérebro, liberam gradativamente doses de dopamina na região afetada pela doença. No Parkinson, há uma produção deficiente de dopamina. A medicação promete fornecer uma fonte contínua da substância, aliviando os sintomas. Nessa mesma linha de remédios cada vez mais eficazes e ‘inteligentes’ estão surgindo opções que atuam somente quando é necessário. É o contrário daqueles que permanecem mais tempo no organismo, como no caso da esquizofrenia. Eles entram em ação no momento certo, quando realmente é preciso haver uma intervenção. Em doenças como a diabete, na qual picos ou quedas de glicose podem ser extremamente perigosos, este tipo de ação se encaixa perfeitamente. Recém-lançado no País, o Byetta, do laboratório Eli Lilly, age dessa maneira. A medicação funciona quando o paciente se alimenta e o açúcar no sangue se eleva. Mas, quando a taxa de glicose volta aos níveis normais, ela pára de atuar. Outro que também tem ação no tempo que se deseja é a vacina meningocócica conjugada grupo C, produzida pela Baxter e comercializada por aqui com o nome de Neisvac C. De acordo com o fabricante, a vacina apresenta uma alta resposta imunológica já na primeira dose. E, após a aplicação de duas doses, a resposta em produção de anticorpos é até quatro vezes maior do que em relação às outras vacinas. Na verdade, o que se observa hoje é que as drogas têm agido cada vez mais precisamente sobre os alvos realmente importantes. A vantagem é que, dessa maneira, elas potencializam sua ação e poupam os tecidos sadios. Muitas destas drogas mais precisas podem ser vistas no tratamento do câncer, no qual o que se quer é matar apenas a célula doente. Entre as medicações do gênero recém-lançadas estão o Tykerb, da Glaxo Smith-Kline, para tumor de mama. E está para chegar o Tasigna, da Novartis, para leucemia mielóide crônica. Contra o tabagismo, a opção mais moderna é o Champix, da Pfizer, que atua especificamente no local onde a nicotina age no cérebro. Por causa disso, a medicação diminui a vontade de fumar e a crise de abstinência associada à cessação do tabagismo.
TecnologiaPara que remédios como esses sejam produzidos, há uma impressionante tecnologia por trás. Uma das mais utilizadas é a que recombina o DNA. A vacina Gardasil, da Merck Sharp & Dhome, contra o vírus HPV, causador do câncer de colo de útero, foi feita com o método. Com a engenharia genética, usou-se apenas uma proteína, da capa do vírus, que não contém o DNA do microorganismo, tornando a vacina segura. Outro exemplo feito a partir da técnica é o Enbrel, da Wyeth, indicado no tratamento de diversas doenças inflamatórias. “A biologia molecular permitiu a fusão de duas proteínas que atuam na regulação da ação pró-inflamatória do agente causador da artrite reumatóide e da psoríase”, explicou Robson Lima, gerente médico do laboratório. Forma de atuação parecida tem o Remicade, distribuído no Brasil pela Mantecorp. O remédio é um tipo de proteína que reconhece, conecta-se e bloqueia a ação do TNF, substância importante no processo inflamatório de doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide. Como se vê, nos laboratórios há uma efervescência em busca das melhores soluções. Na Roche, uma das líderes mundiais na área de medicamentos biológicos, o ano de 2008 iniciou- se com 27 estudos em andamento e outros sete em planejamento só na divisão de pesquisa internacional. Todo o empenho leva também à produção de remédios mais personalizados. Eles ficarão cada vez mais acessíveis a partir dos conhecimentos resultantes da farmacogenética, área da ciência que estuda a variabilidade da resposta a drogas decorrente da varivariação genética. “Ela permite entender as diferenças entre as pessoas e os subtipos de doenças, o que pode ser importante para o sucesso do tratamento”, afirma Klaus Lindpaintner, diretor mundial de farmacogenética da Roche. Segundo ele, um dos exemplos de medicação do gênero é o Herceptin, contra o câncer de mama. Descobriu-se que cerca de um terço desses tumores são malignos devido a uma modificação genética das células tumorais, que leva à fabricação excessiva do hormônio Her2, diz o cientista. “Essas informações possibilitaram uma nova forma de tratamento: um anticorpo presente no Herceptin que elimina esse efeito do Her2”, explica. Fonte: Isto É

segunda-feira, 5 de maio de 2008

SP: ICMS antecipado cria impasse entre indústria e varejo

Da RedaçãoA ampliação da substituição tributária de ICMS no Estado de São Paulo acirrou a negociação de preços entre varejistas e indústrias. O comércio não aceita de forma pacífica a elevação de preço dos produtos em função da inclusão do imposto pago antecipadamente.
Além do preço, a mudança tributária determinada pela Fazenda paulista trouxe outras complicações às relações comerciais no Estado. No setor de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, o não repasse de informações sobre preços ao varejista chegou a paralisar compras.
Incluído na substituição tributária desde o início de abril, o setor de limpeza passa por uma nova rodada de negociação de preços entre fabricantes e varejistas, conta a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), Maria Eugênia Saldanha. Isso acontece, diz, porque o preço chega mais alto até o varejista por já embutir o ICMS recolhido antecipadamente. "Tanto o varejo quanto a indústria estão num período de adequação ao novo sistema."
Segundo Maria Eugênia, a substituição foi aplicada a produtos que representam 95% do faturamento da indústria de limpeza. E algumas mercadorias, conta ela, estão com margens (definidas pela Fazenda paulista) bem mais altas que as praticadas. "Isso envolve produtos que significam entre 25% e 30% do faturamento do setor", informa.
A advogada Cíntia Ladoani, do Machado Associados, diz que a negociação entre varejistas e indústrias acontece em todos os novos segmentos que entraram na substituição este ano. "É uma queixa que chega de clientes de várias áreas", conta. "A implantação da substituição gera quase sempre discussão de preços." O fabricante quer repassar a antecipação de ICMS o mais rápido possível e o varejista resiste à elevação de valores, mesmo que a justificativa seja o imposto embutido.
HPC
No segmento de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, o impasse acontece porque alguns fabricantes ou distribuidores não informaram ao varejista o valor sobre o qual foi recolhido o imposto antecipado. Dependendo da estrutura de distribuição que a indústria tem, o valor sobre o qual o ICMS foi pago revela a margem de lucro que a indústria tem com a mercadoria.
Para os varejistas, o dado do ICMS recolhido por substituição é importante porque, caso o produto seja vendido ao consumidor final com margem inferior à usada para o cálculo do imposto antecipado, é possível solicitar a restituição do valor pago a mais. A devolução é solicitada pelo varejista, que teoricamente pagou ICMS a mais embutido no preço da mercadoria.
Segundo advogados ouvidos pelo Valor, a questão chegou a levar algumas companhias a solicitar regime especial para a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Em nota, a Fazenda confirma que tem concedido regimes especiais para os casos de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal comercializados por meio de distribuidores cativos e também por distribuidores de medicamentos que concentram suas vendas para o setor público e estabelecimentos hospitalares. A Fazenda não informou qual foi o teor do regime especial e nem para quais empresas foram concedidas.
Concentração
A tributação concentrada no fabricante gerou a seguinte estratégia: as indústrias montaram as suas próprias distribuidoras (as cativas) para as quais vendem o produto ao menor valor possível, praticamente o preço de custo. Sobre essa base - preço de custo vendido ao distribuidor - é calculado o PIS/Cofins de 12,5%. "A margem de lucro, alta nesses produtos mais supérfluos, fica concentrada no distribuidor e não entra na base de cálculo do PIS/Cofins", lembra outro advogado.
Com a substituição tributária de ICMS em São Paulo, porém, os fabricantes paulistas passaram a antecipar não só PIS/Cofins como também ICMS. Ciente dessa estrutura, a Fazenda paulista estipulou margens maiores para os casos de venda a distribuidor cativo.
Além disso, o distribuidor é obrigado a informar ao varejista o preço sobre o qual foi calculado o ICMS da substituição tributária. Como resultado, o varejista fica sabendo qual a margem de lucro concentrada no distribuidor. Isso explica a dificuldade de alguns varejistas de obter a informação.
Procurada, a Abihpec, associação que reúne os fabricantes de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, não se manifestou.

Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Cartões de crédito devem faturar R$ 223 bilhões

Seguindo o ritmo de crescimento percentual de dois dígitos, a indústria de cartão de crédito no País deverá, neste ano, registrar alta de 21,3% no faturamento na comparação a 2007. Com isso, a previsão é de que o valor das transações chegue a R$ 223 bilhões ante R$ 183 bilhões medidos do ano anterior. Em relação a 2003, quando a receita do segmento chegou a R$ 88 bilhões, o aumento é de 153%.
Na comparação com os Estados Unidos – país com 48,5% da participação mundial em faturamento de cartão de crédito e detentor de 42,1% dos plásticos no mundo –, o Brasil tem mostrado crescimento superior entre 2002 e 2006.
Neste período, o número de plásticos na economia norte-americana sofreu aumento de 8%. Por aqui, a alta foi de 91%, passando de 42 milhões de plásticos para 79 milhões. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Banco Itaú sobre o mercado de cartões. No ano passado o volume chegou a 93 milhões.
“O mercado de cartões norte-americano está em uma fase de acomodação, já que ele foi estabelecido muito antes que o nosso. Isso mostra que o Brasil tem muito que crescer neste segmento”, explica o diretor de Marketing do Itaú, Fernando Chacon. Segundo ele, a boa fase deve-se à melhoria da economia nacional e aos esforços das instituições financeiras em popularizar este meio de pagamento.
Enquanto nos Estados Unidos o setor de cartões de crédito teve participação de 15,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2007, no Brasil, a representatividade foi modesta: 7,2% do PIB, com projeção de 8,3% para este ano.
“O nível de crescimento do mercado norte-americano tem apresentado queda, já no Brasil tem crescido”, afirma Chacon. A boa fase da economia nacional, a demanda reprimida e os esforços das instituições financeiras em popularizar este meio de pagamento são duas justificativas para o crescimento.
CONSUMO
Apenas 14% da população brasileira possui cartão de crédito, contra 41% dos norte-americanos. O gasto médio no País é de R$ 75,3 por compra, já a média mundial equivale R$ 271,3, mais que o triplo. O número de transações por pessoa em um ano é de 73, contra 160 nos Estados Unidos.
“Em média, o norte-americano possui 5,4 cartões de várias bandeiras, enquanto no Brasil, a média é de 2,9 por pessoa”, afirma Fernando Chacon, diretor de Marketing de Cartões do Banco Itaú.
PRODUTOS
Para mudar o cenário nacional, ele explica que a tendência é que as instituições financeiras desenvolvam produtos voltados para clientes de baixa renda. “Essa aproximação fará com que estes clientes que usam muito o parcelamento através de cartões private labels e carnês migrem para o cartão de crédito.”
Isso porque, segundo ele, em muitos casos é possível parcelar as compras em até 12 prestações sem juros, o que não ocorre em outras modalidades. Fonte: Diário do Grande ABC

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