quinta-feira, 16 de abril de 2009

Muda a composição de forças no mercado de genércios

A aquisição da Medley pela Sanofi-Aventis, na última semana, muda a composição de forças no mercado brasileiro de genéricos . Com a compra, fechada pelo valor de € 500 milhões, o grupo farmacêutico francês assume a liderança do segmento na América Latina, atingindo uma participação de 12% no Brasil. Assim, amplia a presença do capital estrangeiro no mercado local de genéricos - ao lado da Sandoz/Novartis - área até agora dominada por empresas brasileiras como EMS, Eurofarma e Aché.  

"Isso mostra a força do setor e também que o processo de inovação não está assim tão promissor", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), Odnir Finotti. Segundo ele, com o vencimento de muitas patentes em um ritmo maior do que se consegue repor, muitos laboratórios se movimentam mais rapidamente para fazer aquisições na área de genéricos.  

Recentemente, a Sanofi também comprou uma fabricante mexicana de genéricos, os laboratórios Kendrick,e adquiriu por US$ 2 bilhões a produtora tcheca de medicamentos genéricos Zentiva, pulando da 23 para 11 posição entre os maiores fabricantes desse tipo de remédio no mundo.  

"Esse movimento já era esperado até porque empresa de genérico é geradora de caixa", afirma o sócio da Mussolini Assessoria em Negócios, Nelson Mussolini.  

Para Mussolini e Finotti, exatamente por isso, o mercado de genéricos deve assistir a novas aquisições como esta. São esperados movimentos das gigantes mundiais, como a israelense Teva e da indiana Ranbaxy, que, segundo fontes do mercado, estuda expansão no mercado brasileiro. Tudo isso pode tornar cada vez mais distante o sonho do governo de criação de uma grande farmacêutica nacional. "Agora, o governo pode ajudar empresas nacionais a buscar oportunidades lá fora para ter acesso à novas tecnologias", diz Finotti.  

"Essa aquisição satisfaz dois objetivos estratégicos: por um lado permite à Sanofi se fortalecer no segmento de medicamentos vendidos sob receita e por outro amplia consideravelmente a presença da empresa em um país emergente de rápido crescimento", disse o analista da corretora CM-CIC, Arsene Guekam.  

A Medley é a terceira maior farmacêutica do mercado brasileiro e líder em genéricos, com faturamento de R$ 458 milhões, dos quais mais de dois terços provenientes de sua atividade de genérico. Com um portfólio de 127 produtos, o laboratório brasileiro se preparou para acompanhar o vigoroso crescimento desse mercado, que só em 2008 registrou alta de 18,9%, com a comercialização de 277,1 milhões de unidades frente as 233 milhões do ano anterior. Juntas, as indústrias do segmento movimentaram US$ 2 bilhões no período, crescimento de 33% em relação a 2007, quando as vendas somaram US$ 1, 522 bilhão, conforme dados da Pró Genéricos.  

A avaliação de € 500 milhões incluiu a dívida de € 170 milhões, segundo um porta-voz da Sanofi, em Paris. Representantes da Medley e da Sanofi no País alegaram que não poderiam comentar a aquisição.  

Marketing esportivo

A venda da Medley deve ter impacto também no cenário esportivo. Com uma intensa atuação - tendo patrocinado clubes de volei, volei de praia e, principalmente, mantendo uma equipe na Stock Car - a farmacêutica vinha encolhendo seus investimentos desde 2008.  

Segundo o responsável pela comunicação na área esportiva, Marcio Fonseca, o patrocínio ao volei já havia sido cancelado e a Stock Car, onde corre o filho do ex-proprietário da Medley, Xande Negrão, deve ser mantida até o final do ano. "Esperamos que os novos donos continuem com o patrocínio, boa parte da força da marca junto ao consumidor foi conquistada nas pistas". (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Anna Lucia França e Reuters)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Xarope infantil e água têm propaganda suspensa

As novas versões do xarope pediátrico Fluimucil, lançado pelo fabricante Zambon Laboratório Farmacêutico com os nomes de Fluimucil Bebê e Fluimucil Criança, estão com toda sua propaganda suspensa no País.
A medida que suspende a propaganda, a Resolução RE 1259 se deve ao descumprimento por parte do laboratório Zambon da legislação sanitária vigente e das recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que não autorizou o lançamento da fórmula chamada “Bebê” e “Criança”. Apesar dos nomes distintos, as versões “Bebê” e “Criança” do medicamento têm a mesma formulação do produto que está hoje no mercado, e é registrado na Anvisa, chamado de Fluimucil Pediátrico.
A empresa Zambon manteve a fórmula do xarope Fluimucil, mas lançou os dois produtos por meio de campanha publicitária, apresentando-os com diferentes nomes e com nova embalagem de forte apelo infantil.
A seringa com as doses individuais do xarope passaram a ser oferecidas em formato de avião plástico, em três diferentes cores. Esses dosadores que lembram brinquedos e os nomes Fluimucil Bebê e Criança contrariam a legislação sanitária que proíbe a utilização de símbolos e figuras em medicamentos, porque são produtos de risco potencial para a saúde.
O Fluimucil é um medicamento de venda isenta de prescrição médica indicado para o tratamento de afecções respiratórias, inclusive a bronquite originária do cigarro, enfisema pulmonar e broncopneumonia .

Água do mar

A água envasada H2Ocean, comercializada no País sem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está com todo o seu material promocional e de divulgação suspenso no território nacional a partir de hoje (9/4).
A campanha publicitária suspensa leva o consumidor a acreditar que que a H2Ocean possui características nutricionais superiores à quantidade dos minerais presentes no produto, que são irrisórias.
Fabricada pela Aquamare Beneficiadora e Distribuidora de Água LTDa, a H2Ocean é uma água do mar envasada como água mineral porém o produto não atende às características exigidas pela legislação brasileira para o registro de águas minerais.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Nota sobre medicamento Raptiva

Com relação à notícia sobre a retirado do medicamento Raptiva do mercado norte-americano a Anvisa esclarece que:
1. A Agência está acompanhando os eventos ocorridos e vêm tomando todas as providências cabíveis no sentido da reavaliação do perfil de risco-benefício do medicamento Raptiva® [efalizumabe];
2. O produto em questão possui indicação registrada para psoríase em placa severa, em pacientes refratários e candidatos à terapia sistêmica;
3. A Anvisa já havia proibido o Licenciamento de Importação do produto, como forma de conferir tempo hábil até a tomada de decisão definitiva por parte desta Agência e ao mesmo tempo salvaguardar os pacientes brasileiros que fazem uso do medicamento;
4. O motivo do cancelamento solicitado pela empresa nos EUA dá-se pela ocorrência de três casos de PML (progressive multifocal leucoencephalopathy), doença séria e debilitante do sistema nervoso central.
5. A Anvisa acredita que muitos pacientes possam estar se beneficiando do tratamento com efalizumabe, porém a inexistência de fatores preditivos de desenvolvimento do evento adverso em questão, bem como a seriedade e a ausência de tratamento para esta decorrência, levam-nos a concluir pelo cancelamento do registro, mesmo não havendo relatos de PML no Brasil;
Comunicado direto para Profissionais de Saúde referente a suspensão da comercialização do produto Raptiva® (PDF)
Leia aqui: Recomendações para usuários e prescritores de Raptiva (PDF)
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ação encontra medicamento falso no entorno de Brasília

Em uma ação conjunta envolvendo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as polícias Civil e Militar de Goiás, e as vigilâncias sanitárias locais, fiscais da Anvisa apreenderam cerca de 15.000 comprimidos de medicamentos falsos e sem registro. A ação na cidade de Planaltina de Goiás, cidade a cerca de 30 quilômetro de Brasília. Entre os produtos apreendidos estão versões falsificadas do Viagras, Ciallis, além de medicamentos clandestinos como Pramil. Também foram recolhidos medicamentos fitoterápicos sem registro com indicação terapêutica para reumatismo, diabetes, câncer e outras doenças.
Os uso de medicamentos falsificados é considerado crime hediondo, pois este tipo de produto representa um risco a saúde das pessoas podendo levar a conseqüências mais sérias, inclusive a morte. De acordo com a Polícia Civil pelo menos 3 pessoas foram presas.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Econofarma 2009: oportunidade de parcerias

Evento reunirá as principais indústrias dos seguimentos Éticos, Similar, OTC e HPC
A 7° edição da Econofarma - Estratégias de Mercado Farmacêutico - será realizada nos dias 26 e 27 de junho, no Palácio de Convenções do Parque Anhembi, em São Paulo. Realizado pela PH Farma, a feira tem como objetivo passar informações e conscientizaçãões do Ponto de Venda, reunindo as principais redes de farmácias independentes e associativistas, o público seleto de farmacistas podem ir preparados para realizar negócios, verificar as novidades do setor, ampliar o relacionamento, captar informações e estabelecer parcerias - no ano passado, a feira recebeu 4.500 visitantes, 75 expositores e 7.800 CNPJ´s presentes.

Mais informações: www.phfarma.com.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Anvisa suspende produtos sem registro

Está suspensa, em todo território nacional, a fabricação, distribuição, comércio e uso de todos os produtos saneantes para uso doméstico fabricados pelas empresas Eunice Aparecida Graça (Itamarandiba - MG) e Química Campos Ltda. (Campos dos Goytazes – RJ). Além de comercializarem produtos sem registro, essas duas empresas não possuem autorização de funcionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Também está proibida a fabricação, distribuição, comércio e uso, em todo país, do produto KIT DA USP – Produto Natural, fabricado (segundo rótulo do produto) pela empresa Labothanikk Laboratório Estudos e Pesquisa Farmacêutica Botânica Tecnológico. O produto, distribuído pela empresa Suco da Terra Produtos da Natureza Ltda. (Manaus- AM), não possui registro.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Operação apreende medicamentos na fronteira com o Paraguai

A Operação Seis Fronteiras, que começou na última terça-feira (31), já encontrou mais de 17 mil comprimidos de medicamentos irregulares. Os fiscais da Anvisa, primeiro órgão sanitário mundial a participar da ação, atuam em Foz do Iguaçu, ponto de ligação entre o Brasil e o Paraguai.
No primeiro dia de operação, foram apreendidos os medicamentos Cytotec, de uso proibido no país, Viagra e Cialis falsificados, Pramil (contrabando), Sibutramina e Desobesi (substâncias sob controle especial), dentre outros. Segundo a Polícia Federal, responsável pela operação, foram presas três pessoas que tentavam entrar com esses produtos no território nacional.
Já na madrugada desta quinta-feira (1º), os fiscais apreenderam, além do Pramil, a Efedrina, substância precursora utilizada na fabricação ilícita de estimulantes. Duas prisões foram efetuadas pela PF. A operação Seis Fronteiras, que tem como objetivo principal reprimir o desvio de produtos químicos utilizados na produção de drogas, ocorre simultaneamente em vários países.
Leia também: Anvisa participa de operação conjunta entre países
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Medicamentos e outros produtos suspensos

Está suspensa a distribuição, comercialização e uso do lote 709456 do medicamento Ocylin (amoxicilina) 500 mg, fabricado pelo laboratório Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda, de São Jerônimo (RS).
O lote foi fabricado em 08/2007 e tem validade até 08/2010. Laudo da Fundação Ezequiel Dias (Funed) apontou resultado insatisfatório no ensaio de teor de amoxicilina.
Sem registro
Produtos para limpeza, medicamentos, alimentos e cosméticos estão entre os produtos suspensos pela Anvisa nesta quarta-feira (01), por não possuírem registro ou notificação na Agência. Veja abaixo:

  • Desinfetante Spooma Titanic - Davi Victor Lima Rocha Santos nome fantasia Produtos Brynna /Spooma), de Santa Luzia (PB) - RE 1126
  • Creme para pentear - Castanho e Preto
    Hidratante capilar - Louro e Chocolate
    Hidratante capilar Mix Fruit
    Outros produtos sujeitos a vigilância sanitária do fabricante - Districol Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda, de Canindé (CE). A empresa não possui autorização de funcionamento - RE 1127
  • Todos os produtos cosméticos da empresa Elida Martins de Medeiros, de Ibirité (MG). A empresa também não possui autorização de funcionamento. - RE 1129
  • Citrato de Ferro
    Violeta Genciana - Indústria de Produtos Naturais Deshydrater Ltda, de Campo Mourão (PR). - RE 1130
  • Desinfetante Limbel – Pinho
    Demais produtos da empresa sujeitos a vigilância sanitária - Dez Indústria e Comércio de Produtos de Limpeza Ltda, de Tapejara (RS) - RE 1131
  • Lenço de Limpeza e Assepsia Teik-Ker
    Outros produtos sujeitos a vigilância sanitária - Giorgio Magnani (nome fantasia teik-Ker Indústria e Comércio), de São Paulo (SP). - RE 1132
  • Salsa Caroba – Extrato de Plantas Medicinais 250 ml
    Xarope com Óleo de Pequi 250 ml
    Composto Mel com Hortelã –complemento alimentar 250 ml
    Vermífugo Erva Santa Maria 250 ml
    Extrato Sete Ervas Composto 250 ml - Não há identificação dos fabricantes. - RE 1133
  • Commel - Mel com Hortelã 280g
    Demais produtos da empresa - Commil Industria de Produtos Alimentícios Naturais. A empresa de Juazeiro do Norte (CE) não tem autorização de funcionamento. - RE 1134
  • Desinfetante Eucalipto Brilho Sol
    Voraz Limpeza Pesada Brilho Sol - C. R. Nogueira, de Cruz Alta (RS). A empresa não possui autorização de funcionamento. - RE 1135
  • Desinfetante Pinho Q’Limpo Outros produtos sujeitos a vigilância sanitária - Deda Indústria de Produtos de Higiene Ltda, de Taquaruçu do Sul (RS), que também não tem autorização para funcionar. - RE 1136
  • Desinfetante Five Star - Carlos Almeida Neto, de Campina Grande (PB) - RE 1137
    Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aumento dos remdios chega antes s farmcias pequenas

O aumento no preço dos remédios deve chegar mais cedo neste ano, principalmente nas farmácias menores. O aumento de 5,9%, autorizado pela Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), entrou em vigor. Nos anos anteriores, comerciantes compravam uma quantia "maior dos produtos mais vendidos e conseguiam manter o preço antigo por mais tempo.
Mas, sem crédito poder de barganha das grandes lojas, esses estabelecimentos estão tendo de comprar com prazos mais curtos e não conseguem, por muito tempo, ficar sem repassar o aumento para o cliente. Fonte: Agora