quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alanac defende: “Não é justo considerar similar como droga de segunda linha”

Similares e genéricos produzidos no país por indústrias de capital nacional e estrangeiro obedecem os rigores legais e técnicos de comprovação de eficácia, segurança e qualidade, dizem os laboratórios. "Não é justo considerar os similares como medicamentos de segunda linha e dizer que eles não têm qualidade", diz nota da Alanac, a associação dos laboratórios nacionais.A Alanac afirma que a maioria dos medicamentos similares já passou por esses testes de bioequivalência, idênticos aos que são submetidos os genéricos. "Questionar a qualidade do medicamento similar é um equívoco cometido com frequência por entidades das áreas médica, farmacêutica, do atacado e do varejo farmacêutico."A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa não dispor da informação sobre o percentual de similares que já passaram pelos testes de bioequivalência, mas afirma que outros testes aleatórios já são feitos, o que garantiria a qualidade dos medicamentos genéricos e dos similares.
Os testes são feitos por quatro laboratórios oficiais que participam do Proveme (Programa Nacional de Verificação da Qualidade de Medicamentos). A cada 12 meses, são analisadas 1.055 amostras de remédios. Na última avaliação, houve 20 interdições.O hospital Albert Einstein faz a sua própria certificação de medicamentos. Em vez de equivalência farmacêutica (teste "in vitro") e bioequivalência ("in vivo"), baseia-se nos resultados que a droga obtém em situações clínicas reais ("outcome").A ideia, como explica o diretor-superintendente, Luiz Vicente Rizzo, é testar, ao longo dos próximos anos, cerca de 52 mil itens. Nesse processo, alguns genéricos foram incluídos na farmácia do hospital e outros, excluídos. Os similares nem são testados porque, se fossem, a lista teria mais de 150 mil itens, diz Rizzo.

Fonte: Folha de São Paulo

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