quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Farmacêutica aposta em setor estético

Aproveitando a maior demanda dos brasileiros por tratamentos de saúde-no embalo do aumento da renda-uma empresa nacional quer crescer em um setor dominado pelos estrangeiros.
A Biolab aposta no segmento de "dermocosméticos", como têm sido chamados os cosméticos com valor terapêutico.
São itens como cremes de hidratação profunda, filtros solares com alto fator de proteção e loções que prometem o clareamento da pele.Esses produtos representam um mercado doméstico de R$ 2,9 bilhões, cuja maior fatia (63%) pertence a estrangeiras, como as francesas Vichy e La Roche Posay.
"Acreditamos no potencial do setor. O dermatologista passou a ser mais visitado pelos brasileiros", diz Cleiton de Castro Marques, presidente da Biolab.
Segundo o executivo, os itens fabricados localmente são de 30% a 40% mais baratos para o consumidor. E esse não seria o único atrativo."Os produtos domésticos são mais adequados à pele brasileira", diz.A Biolab investe, em pesquisas, 7% do faturamento, que deve chegar a R$ 610 milhões em 2010.
Entre estudos envolvendo medicamentos (negócio principal) e dermocosméticos, a empresa tem 35 moléculas em desenvolvimento."O plano é dobrar o faturamento até 2014", diz Marques.

ANVISA
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não tem uma categoria específica para dermocosméticos.
Mas informou à Folha que "produtos com finalidade ou valor terapêutico não são aceitos como cosméticos".
Flávia Addor, vice-presidente da regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que o uso dos "dermocosméticos" começou a se intensificar na década de 1990.
Hoje, segundo ela, cerca de 40% das prescrições dos dermatologistas de clínica particular contemplam os produtos.
Mas Addor faz uma ressalva: é preciso avaliar a real necessidade do uso dos dermocosméticos. "Eles são mais caros e a relação custo-benefício também conta."

Faturamento
R$ 100 mi é a previsão de vendas para 2010. Florax, medicamento para distúrbios intestinais, responde por 25% do faturamento.

Futuro
R$ 200 mi é a meta de faturamento para 2013. Vendas em São Paulo e no Sul do país, além de exportações impulsionarão os negócios.

Pesquisa
R$ 7 mi é o orçamento de pesquisa e desenvolvimento para 2010. A meta é elevar o investimento para R$ 20 milhões em 2013.

Nova Fábrica
R$ 60 mi é a previsão de investimento em uma fábrica de produtos biológicos que será erguida nos próximos dois anos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Nenhum comentário: