quarta-feira, 28 de abril de 2010

LEI DOS MEDICAMENTOS FRACIONADOS NÃO É DE DOMÍNIO PÚBLICO

O Brasil é um dos maiores consumidores de medicamentos do mundo, mas muitos deles vão parar no lixo porque acabam não sendo usados. Dentro desse contexto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que os brasileiros joguem fora cerca de R$ 20 bilhões em medicamentos por ano. Uma das soluções para evitar o desperdício e proteger o bolso do consumidor seria a venda fracionada, aquela na quantidade definida pelos médicos. Há cinco anos, foi aprovada uma lei para a venda de medicamentos fracionados, mas ela não é totalmente conhecida e respeitada. Geralmente, o que ocorre é que o consumidor encontra muita dificuldade para encontrar o remédio fracionado em farmácias e drogarias. De um lado, os farmacêuticos defendem que a resolução da Anvisa exige espaço para a manipulação dos remédios e dinheiro. De outro, a indústria diz que teria de comprar máquinas para embalar o remédio já picotado.

Outro fator que atrapalha o cumprimento da lei é que a maior parte da população ainda desconhece esse direito e continua sem conseguir comprar remédios na quantidade exata para o tratamento prescrito. Até agora, 15 laboratórios obtiveram o registro da Anvisa para produzir 175 tipos de medicamentos fracionados, segundo lista disponível no site do órgão. Entre eles há antibióticos, anti-inflamatórios e remédios de uso contínuo, como anti-hipertensivos. O principal objetivo do fracionamento é permitir que a população possa comprar a quantidade exata de medicamento, necessária para o tratamento. Em tese, isso diminuiria os gastos e evitaria que o consumidor armazene remédios em casa, reduzindo a possibilidade de efeitos adversos e intoxicações decorrentes da automedicação.

Fonte: R7 - SP

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