quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pagamento via celular chega ao consumidor em 2009

O segmento de "mobile payment" (pagamento móvel, feito por meio de celulares) deve ser uma tendência junto ao usuário comum no Brasil, a partir de 2009. Atualmente, ele é utilizado apenas por empresas para administração de pagamentos corporativos relativos às despesas de táxi, e foi posto em testes por um período de 180 dias para obtenção de créditos nesta segunda-feira (8) para estacionamento na Zona Azul, em São Paulo, informa a Folha Online.
Por um sistema semelhante, já é possível comprar ou presentear usuários com artigos da Livraria Cultura, em São Paulo. Implementado em agosto deste ano pela empresa Mcash, o sistema funciona por meio da compra de créditos nas sedes ou na internet, que chegam ao celular da pessoa presenteada, e na seqüência, podem ser trocados em qualquer loja da livraria.
A previsão das empresas é que a ferramenta se estenda também a outros serviços, como vestuário, lojas de departamentos e supermercados, já no primeiro trimestre do ano que vem.
Em doze capitais no país, mais cidades do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro --e com previsão de expansão para todas as capitais ainda no primeiro trimestre--, a companhia Wappa Serviços oferece tecnologia para pagamento de corridas de táxi por SMS, apenas para empresas. A previsão da empresa é que o serviço chegue ao usuário comum em março de 2009.
O sistema é integrado e funciona via internet, a partir dos cadastros de centrais de táxi e da base de funcionários da corporação. Dentro do carro, o usuário digita seqüências numéricas e senhas relativas ao serviço, assim como o valor a ser debitado. A autorização da transação chega via SMS, tanto ao taxista quanto ao cliente -a empresa e a central de táxis também recebem a confirmação instantânea via internet.
A tecnologia vem em concorrência direta ao sistema de pagamento por meio de cartões de crédito ou débito, que é pouco difundido em táxis de São Paulo, mas tem adoção plena em outras capitais, como Curitiba. A vantagem do "mobile payment" em relação ao pagamento via cartões é a supressão de custos do sistema para o taxista.
"Em São Paulo, o sistema de cartões não pegou porque o taxista é mais conservador e não vê vantagens em ter o sistema de pagamento por cartões no táxi. Ele tem ônus, mesmo não fazendo corridas. Com o sistema de 'mobile payment', o taxista não paga por estar cadastrado", aponta o diretor executivo da Wappa Serviços, Paulo Antonio de Pinho. "A percentagem de cobrança só é tirada caso se efetue a corrida. Não há custo quando não há passageiro".
A previsão da Wappa é que o serviço de "mobile payment" seja expandido para os segmentos alimentício e de abastecimento, ainda no primeiro trimestre.
Já o presidente da Mcash, Gastão Mattos, entende que o serviço já implantado na Livraria Cultura traz mais uma facilidade para o cotidiano, e também para as festas de Natal. "É simples e cômodo. Basta saber o número do celular da pessoa presenteada. As confirmações são feitas por sistema de voz para o usuário para confirmar a compra do presente", explica.
Mattos afirma ainda que a plataforma deve ser estendida a pagamentos de lojas de departamentos, eletrônicos e até mesmo supermercados.
A Mcash também possui o serviço de pagamento de táxi para corporações, mas não pretende estendê-los ao usuário comum. "Não é nossa estratégia para pessoas físicas. Nesse sentido, não temos nada concreto", afirma o presidente da empresa.
Zona AzulA Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implementou, na segunda-feira (8), um sistema piloto de pagamento por celular das vagas da Zona Azul nos Jardins e na Cidade Jardim, em São Paulo. Segundo o site da CET, todos os motoristas cadastrados na Zona Azul Fácil, que abrange a Cidade Jardim, poderão ativar e desativar o serviço de estacionamento por meio do celular. Ao ligar para o número 3065-5252, digita-se a área, o setor e o número da vaga (informados por uma placa no local). A cobrança é feita digitalmente, em intervalos de trinta minutos. Como a permanência máxima em uma vaga da Zona Azul é de duas horas, o sistema cessará automaticamente caso não seja encerrado pelo usuário nesse período, e o penaliza com a subtração de quatro créditos. É possível comprar um pacote de 20 créditos de 30 minutos a R$ 18.
Na região dos Jardins, o usuário terá que baixar um software no celular para a inserção de créditos, que serão revendidos por Cartões de Recarga, disponíveis em uma rede de revendedores na região. O uso é feito pelo software, ou por um SMS com um número da placa, o código da área e do setor. O cartão de recarga com dez horas também custa R$ 18. Fonte: PEGN

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