quarta-feira, 9 de abril de 2008

Febrafarma nega que remédios tenham encarecido além do permitido

A Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) rebateu, por meio de nota, pesquisa do Idum (Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos), na qual foi informado que alguns remédios tiveram reajuste entre 2007 e 2008 acima do autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).Segundo a entidade, houve um adiamento no encarecimento por parte de muitos laboratórios, fazendo com que a publicação dos novos valores sofresse um atraso. Erros de digitação também foram apontados como motivo para a discordância de preços.ExemplosConforme o levantamento do Idum, mais de 200 remédios com preços controlados pelo Governo foram reajustados fora dos períodos determinados, entre abril de 2007 e março de 2008. O maior aumento, de 52,56%, foi verificado no antidepressivo Citalopran, do Laboratório AB Farmo, que passou de R$ 57,52 para R$ 87,75 no período.O instituto explicou que, após o reajuste concedido em 31 de março de 2007, nenhum aumento poderia ter ocorrido até abril de 2008. Os dados foram extraídos da Revista Abcfarma, órgão oficial de preços da indústria farmacêutica, e dos levantamentos do Instituto nas farmácias de todo o Brasil.De acordo com a Febrafarma, houve, na verdade, um erro de digitação no processo de envio dos dados para publicação nas revistas especializadas nas edições de fevereiro e março de 2008. O preço do produto - R$ 57,52 - ficou inalterado durante o período abril de 2007 e março de 2008, podendo ser conferido na lista de preços disponível no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).Além disso, a federação citou o exemplo do caso do Noregyna, que era vendido por R$ 18,26 em março de 2007 e teve seu preço reduzido para R$ 17,74 em abril, mantendo esse desconto de 3,80% até novembro de 2007. Em dezembro de 2007, voltou ao preço de março com o reajuste autorizado de 1%, passando a custar R$ 18,44.Reajustes permitidosDeterminadas fórmulas só podem ter seu preço reajustado uma vez por ano, conforme definição de faixas de valores pela CMED. O mais recente é o de abril deste ano, que será empregado a partir da próxima quarta-feira (9).Foram autorizadas três faixas de aumento: o grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20% teve 4,61%. Naquele em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento é de 3,56%. Para o grupo com participação abaixo de 15%, o reajuste é de 2,52%.Em 2007, as alíquotas haviam sido de, respectivamente, 3,02%, 2,01% e 1%. (Site Abrafarma)

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