sexta-feira, 11 de julho de 2008

É fácil comprar remédio pela internet, diz estudo

NOVA YORK – Apesar dos esforços para regular as farmácias na internet, 85% dos sites que vendem drogas controladas não pedem receita, segundo resultados de um estudo revelado quarta-feira.
A maioria dos pedidos feitos nas 365 farmácias virtuais que foram examinados são de substâncias controladas, especialmente benzodiazepinas como Xanax e Valium, conforme um boletim do National Center on Addiction and Substance Abuse da Columbia University, em Nova York.
Pesquisadores do CASA, que militam contra o abuso de substâncias, usaram mecanismos de busca para achar sites que vendiam medicamentos controlados. Vender medicação controlada sem prescrição médica é ilegal.
É difícil quantificar o quanto estes sites ganham com a venda de medicação prescrita ou quantas vezes as receitas são usadas, disse Joseph Califano, presidente do CASA. Um dos principais problemas é que estes sites funcionam por pouco tempo e depois reabrem com outro nome.
De acordo com pesquisas e dinâmicas de grupo feitas com estudantes aponta que muitos obtêm medicação controlada pela internet.
“A internet é como uma loja de doces famacêutica para jovens e estudantes”, disse Califano, que já foi secretário da Saúde.
“Nos últimos anos triplicou o número de usuários de medicação controlada na faixa de 12 a 17 anos. Conhecemos muitos desses jovens que conseguem os remédios pela internet”, disse ele.
Somente dois dos 365 sites são certificados pelo National Association of Boards of Pharmacy, uma associação profissional que representa todos os conselhos regionais de farmácia, mostrou o estudo. Neste universo, 42% dos sites deixam claro que não é preciso receita médica para adquirir medicamentos.
O estudo do CASA recomenda que os Estados Unidos negociem acordos com outros governos para frear o comércio de medicação pela internet.
Também convocaram o Yahoo, o Google, e o MSN para bloquear propaganda de farmácias virtuais, em seus mecanismos de busca, que não tenham licença para operar legalmente. (Fonte: Reuters)

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