sexta-feira, 4 de julho de 2008

Genérico amplia participação com aposta nas classes C e D

Para conseguir garantir os US$ 802 milhões de faturamento nos cinco primeiros meses do ano, um crescimento de 47,5% em relação a igual período em 2007, as indústrias de genéricos têm apostado em reforçar suas marcas, para, além de angariar credibilidade, conquistar aqueles que ainda não foram convencidos pelos preços mais baixos desses medicamentos e que ainda preferem os tradicionais. A indústria dos genéricos tem crescido mais do que o restante da indústria farmacêutica. No acumulado entre os cinco primeiros meses de 2008, o setor como um todo movimentou US$ 6 bilhões com a venda de 652,7 milhões de unidades, o que representa, respectivamente, um crescimento de 20,4% e 6,8 % em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, ao excluir a participação dos genéricos a evolução das vendas no período fica em 0,8%. "O crescimento dos genéricos é muito maior. É um efeito bola de neve. O mercado cresceu e o número de produtos aumentou. Hoje, cerca de 90% das doenças podem ser tratadas com genéricos", afirma Odnir Finotti, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). De acordo com dados do IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico, no ano passado foram vendidas 233 milhões de unidades de medicamentos genéricos no País em comparação as 194 milhões em 2006. Segundo o instituto, as vendas de genéricos movimentaram US$ 1,522 bilhão no ano passado. O volume é 44,3% superior ao registrado em 2006, ano em que o movimento com as vendas do produto atingiu a marca de US$ 1,054 bilhão. Mercado A Medley, que figura em 4º lugar no ranking das empresas farmacêuticas no Brasil, colocará no mercado mais 23 produtos genéricos até o final do ano. "Cada vez mais precisamos ter uma diferenciação em nossos serviços. Reforçar a marca é uma forma de ganhar credibilidade e garantir mais participação no mercado", afirma Marco Aurélio Miguel, gerente de Marketing da Medley. Hoje, os genéricos da marca representam 75% do faturamento total da companhia. A meta de crescimento para 2008 é de 15%. Uma das formas encontradas pela empresa para aumentar seu market share é a de transmitir informações sobre os produtos genéricos da empresa, principalmente no nordeste do País. A concorrente EMS, que no primeiro trimestre de 2008 comercializou 22,4 milhões de unidades de genéricos, um aumento de 22,8% frente a igual período em 2007. A empresa já possui o maior portfólio do mercado de genéricos, com 1.080 apresentações de produtos. Anualmente, são investidos 6% do faturamento total da companhia. "Nossa estratégia é sempre manter um amplo portfólio para conseguir atender as demandas do mercado", afirma Telma Salles, diretora de Relações Externas da EMS. Desde 2006, a companhia também passou a investir na divulgação da marca corporativa da empresa. "Nós já temos alguns indicadores de que mostram a EMS positivamente, mas essa é uma estratégia que necessita de continuidade", afirma Telma. A EMS comercializou 22,4 milhões de unidades de genéricos, evolução de 22,8%, no primeiro trimestre de 2008 ante o mesmo período de 2007. O segmento de genéricos representou 54,5% do faturamento geral da empresa e 60% da produção. Cenário Para este ano, a indústria está apostando na inclusão de novos produtos em sua linha de produção. Entre eles estão os anticoncepcionais genéricos e o Clopidogrel (medicamento usado no tratamento de trombose arterial), cuja proteção patentária estava em disputa judicial. "As pessoas, principalmente das classes C e D estão conseguindo se tratar. Está havendo maior acesso aos produtos com os genéricos", afirma o vice-presidente da Pró-Genéricos. Até o final do ano, o setor deverá crescer 20%. Para garantir os US$ 802 milhões de faturamento nos cinco primeiros meses do ano, um crescimento de 47,5% em relação a igual período em 2007, as indústrias de medicamentos genéricos têm apostado em reforçar suas marcas, especialmente junto às classes C e D. Além de conseguir credibilidade, os fabricantes querem conquistar aqueles que ainda não foram convencidos pelos preços mais baixos desses remédios, e que ainda preferem os tradicionais. A indústria dos genéricos tem crescido mais do que o restante do setor farmacêutico. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2008, o setor como um todo movimentou US$ 6 bilhões com a venda de 652,7 milhões de unidades, o que representa, respectivamente, um crescimento de 20,4% e 6,8 % em relação ao mesmo período do ano passado. Ao excluir, porém, a participação dos genéricos, a evolução das vendas no período fica em 0,8%. "O crescimento dos genéricos é muito maior. É um efeito bola-de-neve. O mercado cresceu e o número de produtos aumentou. Hoje, cerca de 90% das doenças podem ser tratadas com genéricos", afirma Odnir Finotti, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Fonte: DCI

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