sexta-feira, 2 de maio de 2008

Cartões de crédito devem faturar R$ 223 bilhões

Seguindo o ritmo de crescimento percentual de dois dígitos, a indústria de cartão de crédito no País deverá, neste ano, registrar alta de 21,3% no faturamento na comparação a 2007. Com isso, a previsão é de que o valor das transações chegue a R$ 223 bilhões ante R$ 183 bilhões medidos do ano anterior. Em relação a 2003, quando a receita do segmento chegou a R$ 88 bilhões, o aumento é de 153%.
Na comparação com os Estados Unidos – país com 48,5% da participação mundial em faturamento de cartão de crédito e detentor de 42,1% dos plásticos no mundo –, o Brasil tem mostrado crescimento superior entre 2002 e 2006.
Neste período, o número de plásticos na economia norte-americana sofreu aumento de 8%. Por aqui, a alta foi de 91%, passando de 42 milhões de plásticos para 79 milhões. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Banco Itaú sobre o mercado de cartões. No ano passado o volume chegou a 93 milhões.
“O mercado de cartões norte-americano está em uma fase de acomodação, já que ele foi estabelecido muito antes que o nosso. Isso mostra que o Brasil tem muito que crescer neste segmento”, explica o diretor de Marketing do Itaú, Fernando Chacon. Segundo ele, a boa fase deve-se à melhoria da economia nacional e aos esforços das instituições financeiras em popularizar este meio de pagamento.
Enquanto nos Estados Unidos o setor de cartões de crédito teve participação de 15,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2007, no Brasil, a representatividade foi modesta: 7,2% do PIB, com projeção de 8,3% para este ano.
“O nível de crescimento do mercado norte-americano tem apresentado queda, já no Brasil tem crescido”, afirma Chacon. A boa fase da economia nacional, a demanda reprimida e os esforços das instituições financeiras em popularizar este meio de pagamento são duas justificativas para o crescimento.
CONSUMO
Apenas 14% da população brasileira possui cartão de crédito, contra 41% dos norte-americanos. O gasto médio no País é de R$ 75,3 por compra, já a média mundial equivale R$ 271,3, mais que o triplo. O número de transações por pessoa em um ano é de 73, contra 160 nos Estados Unidos.
“Em média, o norte-americano possui 5,4 cartões de várias bandeiras, enquanto no Brasil, a média é de 2,9 por pessoa”, afirma Fernando Chacon, diretor de Marketing de Cartões do Banco Itaú.
PRODUTOS
Para mudar o cenário nacional, ele explica que a tendência é que as instituições financeiras desenvolvam produtos voltados para clientes de baixa renda. “Essa aproximação fará com que estes clientes que usam muito o parcelamento através de cartões private labels e carnês migrem para o cartão de crédito.”
Isso porque, segundo ele, em muitos casos é possível parcelar as compras em até 12 prestações sem juros, o que não ocorre em outras modalidades. Fonte: Diário do Grande ABC

Nenhum comentário:

Arquivo do blog