sexta-feira, 23 de maio de 2008

Roubo de remédios supera falsificações e cresce 20% em um ano

Um relatório elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) preparado a pedido do Max Planck Institute, um órgão do governo alemão que estuda o tema em vários países, aponta que o roubo de carga de remédios supera as falsificações e se consolida como o principal ator do mercado ilegal de medicamentos no país, segundo reportagem da Folha (íntegra do texto exclusiva para assinantes do jornal e do UOL) desta sexta-feira.
A reportagem, assinada pela jornalista Claudia Colucci, traz dados a respeito do roubo de cargas de medicamentos no Estado de São Paulo ao longo do ano de 2007 e o primeiro trimestre deste ano. Os números apontam uma evolução de 20% nessa modalidade de crime em 2007 em relação ao mesmo período de 2006.
A partir de entrevistas com delegados e promotores, a FGV chegou a conclusão de que há ao menos 50 grupos especializados em roubo de carga de medicamentos agindo no país. Em geral, diz o texto, eles têm informações que saem de dentro das próprias companhias farmacêuticas sobre a data da saída, o conteúdo e o destino das cargas de remédios.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda um mecanismo de rastrear todos os tipos de medicamentos desde sua fabricação até a venda no balcão das farmácias.
A reportagem traz ainda informações de estudo coordenado pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) a respeito da informalidade no setor farmacêutico no Brasil. Ela varia de 20% a 40% e gera uma perda anual entre R$ 2 a R$ 3 bilhões em arrecadação de impostos e recolhimento de taxas estaduais e federais.

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